A Angola divulgada pelos telejornais da mídia pública continua a mostrar um país que cresce económicamente todos os dias, rumo ao desenvolvimento sustentável.
Contudo, depois de acompanhar a reportagem na íntegra, emitida pela TV
Zimbo, ontem (02.05.2024), deu para perceber que estávamos diante de mais uma
notícia propagandista e descompassada com a realidade angolana.
O representante do governo ao fazer uma afirmação do género demonstra um total desfasamento entre os dados oficiais do Executivo angolano e a realidade objectiva dos jovens.
A prática revela que o sonho da casa própria em Angola, ainda, é uma
miragem para maior parte da juventude angolana. Ou seja, o acesso à habitação
em Angola ainda é uma problemática, sem fim à vista.
A explicação é simples! Muitos jovens estão desempregados e outros não têm
capacidade salarial para comprar ou aderir aos projectos imobiliários
promovidos pelo governo, muito menos, às iniciativas privadas que custam uma
fortuna, que está ao alcance do pacato cidadão.
Vale lembrar que, Angola é o terceiro na lista dos países africanos com
população mais jovem em 2024. Porém, esta franja da população em idade
economicamente activa, maior parte tem dificuldade de abandonar a casa dos pais
ou vivem de renda, muitas vezes, sem dignidade.
Portanto, o Estado não deve se exonerar das suas responsabilidades de
garantir habitação condigna aos cidadãos, muito menos continuar a forjar
números relactivamente a política habitacional no país.
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