Loth Malheiro Savimbi foi o primeiro negro angolano a tornar-se chefe de estação dos caminhos de ferro. Líder reconhecido em sua geração, formou-se em 1921, em uma das primeiras turmas de graduação no Instituto Currie da Missão do Dondi, a escola para jovens das aldeias e missões nas várias estações missionárias, fundado em 1914.
Esperava-se que os jovens que estudavam no Instituto Currie do Dondi aceitassem cargos em suas igrejas como professores, enfermeiros ou catequistas. Loth recusou tal designação por parte de sua Igreja em Chilesso e, em vez disso, foi trabalhar para os CFB. A Igreja e a Missão consideravam que ir para um trabalho tão secular (mundano) não era apenas um desperdício de talentos e treinamento, mas um caminho seguro para a perdição; Loth provou que a Igreja e a Missão estavam erradas.
Como trabalhador
ferroviário, ele provavelmente fundou mais igrejas do que a maioria dos
pastores no sul de Angola. "Onde quer que estivesse estacionado, reunia
alguns crentes e iniciava uma congregação que geralmente crescia por causa de
seu entusiasmo e testemunho fiel".
Como Loth era muito bem educado para um angolano da época, ele começou a trabalhar como operador de telégrafo e não como ajudante de rua. Sendo africano, foi enviado para as estações mais isoladas e indesejáveis.
Ao chegar à sua estação, percebeu o quanto sentia falta da
Comunidade Cristã de onde vinha em Chilesso e da calorosa comunhão dos alunos
do Dondi. Os Ovimbundos adoram cantar, e por isso Loth, quando estava no dever,
trouxe o seu Novo Testamento e o seu hinário, reunindo dois ou três outros
funcionários dos caminhos de ferro ou aldeões que se encontravam nas redondezas
para ouvirem a Palavra de Deus e cantar seus louvores. Antes que Loth
percebesse, uma pequena igreja havia sido formada. Logo chegou ao padre
católico da área que havia um grupo de protestantes cantando hinos na estação
ferroviá
0 Comentários