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A União de qualidade para a alternância com mudança em 2027 - Nuno Dala

À maneira de introito, afirmo que realizar a alternância com mudança em Angola não é um acto. É um processo que vai de 2022 a 2027, o período caracterizado por uma sucessão de factos e fenómenos que agravam a decadência do MPLA e de factos e fenómenos que incrementam a ascensão da UNITA.

A alternância em Angola é uma necessidade. É um imperativo político-civilizacional. Mas o objectivo de alcançar a alternância com mudança exige união. Sem união, não será possível consegui-la.

A união é necessária porque:

- o sofrimento é geral;- contribuir para a saída do MPLA do poder é dever de cada um dos cidadãos que pugnam pelo progresso de Angola; - o MPLA aparelhou (partidarizou) as instituições;- o Regime conta com partidos-satélite para dispersar votos;- as diversas polícias e o Exército não prevalecerão diante de uma frente unida; - quem promete governar de forma inclusiva e participativa precisa de apoio generalizado;

- governar para resolver os problemas herdados do período colonial e os criados pelos MPLA requer apoio generalizado.

O primeiro tipo de união é interno. Embora a sua designação seja UNIÃO Nacional para a Independência TOTAL de Angola, a UNITA deve ter em presença que o desafio de alcançar a alternância implica, na prática, extirpar do seu seio as bactérias, os fungos, vírus, protozoários e as algas – os seus militantes rentistas que, por estarem mancomunados com o Regime, conspiram para realizar toda uma série de actos de fragmentação interna que, ao fragilizarem a UNITA, a impedirão de ser a locomotiva da alternância em 2027. Se a UNITA tem vocação para o poder, então deve tudo fazer para estar unida e coesa e contar com todos os seus militantes que agregam valor de alternância.

O segundo tipo de união é externo. A UNITA deve acoplar ao seu comboio da alternância outros vagões, ou seja, figuras e organizações de grande valor que, em convergência político-ideológica, agregarão valor ao grande esforço para a alternância com mudança em 2027.

Obviamente, tal como no plano interno, a estratégia de UNIÃO da UNITA para 2027 implica que não se una a bactérias, fungos, vírus, protozoários e algas – as figuras e organizações com défice de ética política, mercenárias e ideologicamente confusas, capazes de sabotar o percurso para a alternância.

O Povo quer união. Uma união maior e melhor que a de 2022 e que dure no tempo, pois governar em sede de inclusão e participação requer união.

O formato da união deve levar em conta o potencial nacional de união e as condições objectivas do País (políticas, económicas e jurídicas). Em todo o caso, é algo que cabe às lideranças decidir, nos melhores interesses do comboio para a alternância com mudança em 2027.

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