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CSMJ abre inquérito ao juiz de garantia que libertou o cidadão libanês acusado de matar uma jovem no condomínio Belas Business Park

O Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) decidiu, esta quarta-feira, 16, em plenária, abrir um processo de inquérito ao juiz de garantia, junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC-Luanda), que no passado mês de Setembro colocou em liberdade o cidadão libanês detido em Agosto, acusado de assassinar uma jovem, supostamente "prostituta", atirando-a da janela do 3.º andar de um dos apartamentos do condomínio Belas Business Park, no Talatona, apurou o Novo Jornal junto do CSMJ.

Fontes da magistratura judicial confidenciaram que o cidadão libanês, após ser libertado sob termo de identidade e residência, está agora em parte incerta, facto que levou os advogados da parte lesada a apresentarem queixa ao Conselho Superior da Magistratura Judicial.

Correia Bartolomeu, porta-voz do CSMJ, disse esta quarta-feira, no final da reunião extraordinária, que o processo de inquérito é para averiguar o que realmente se passou, e que após o inquérito a equipa de inspecção do CSMJ irá tomar medidas quanto ao juiz.
O Novo Jornal soube que este juiz ficará suspenso das suas funções até à conclusão do inquérito.
A libertação do acusado causou, no mês passado, a indignação da sociedade e dos familiares da vítima, como noticiou o Novo Jornal na ocasião.
A vítima foi, alegadamente, atirada da janela do 3.º andar de um dos apartamentos do condomínio Belas Business Park, no Talatona, em Luanda, tendo morte imediata, e o suspeito foi detido após denúncia dos vizinhos.
A denúncia feita pelos vizinhos surgiu porque estes foram despertados pelo barulho que saía da casa do suspeito, sobretudo do lado da janela, conforme o Serviço de Investigação Criminal, em declarações à imprensa.

Entretanto, o SIC, após a detenção do suspeito, remeteu o processo para o Ministério Público (MP) e este ao juiz de garantia junto do SIC, que, por sua vez, após interrogar o arguido, o libertou.

Segundo os familiares da vítima, esta decisão põe em causa a realização de justiça porque suspeitavam que o homem, sendo estrangeiro, poderia e abandonar o País a qualquer momento, o que se cogita que terá acontecido, segundo fontes judicias.
Conforme o relato policial, o homem conheceu a vítima nos arredores do Talatona, e, no mesmo dia, marcou um encontro.

As autoridades narram que no dia 15 de Agosto, a mulher, de 34 anos, contactou o libanês e este, por sua vez, foi até às proximidades do SIAC-Talatona, ao seu encontro, e levou-a para o seu apartamento, onde morava sozinho.

Posto em casa, prosseguiu o SIC, envolveram-se sexualmente, e, minutos depois, o acusado queria ter novamente relações amorosas, mas a vítima recusou-se, facto que gerou uma discussão entre ambos.
O SIC contou que, durante a confusão, a mulher foi atirada pela janela do 3.º andar, caiu no jardim do condomínio e teve morte imediata.
Fontes judiciais confidenciaram ao Novo Jornal que o cidadão libanês é empresário do ramo dos diamantes, e reside em Angola há 10 anos.

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