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Embaixadora pede exoneração de familiar da rival

 A embaixadora de Angola em Lisboa, Maria de Jesus dos Reis Ferreira, solicitou ao Ministro das Relações Exteriores, Teté António, a exoneração de Antónia Vandúnem do Amaral do cargo de adida administrativa da missão diplomática angolana em Portugal.

No dia 13 de junho, os funcionários da embaixada foram surpreendidos pelo despacho nº 263/2024, assinado por Teté António, que deu fim à comissão de serviço da adida administrativa sete meses antes do término previsto do seu mandato, violando o decreto nº 47/10 sobre o regulamento de rotação do Ministério das Relações Exteriores (MIREX). Em condições normais, o mandato de Antónia Vandúnem terminaria em janeiro de 2025.

Antónia Vandúnem tomou conhecimento da sua exoneração no dia 8 de agosto, ao receber a ordem de serviço nº 02/GAB.EMB.ANG-PT/24, assinada pela embaixadora Maria de Jesus. No documento, foi determinado que o responsável financeiro da embaixada assumiria as questões administrativas. Apesar de ter sido entregue no dia 8 de agosto, o documento foi assinado no dia anterior, 7 de agosto.

O assunto tem gerado diversos comentários na capital portuguesa, sendo que a versão mais difundida é a de que a embaixadora Maria de Jesus Ferreira afastou Antónia Vandúnem por esta ser familiar da esposa do Almirante José Condesse de Carvalho "Toka", antiga rival de Maria de Jesus. O único filho da embaixadora é fruto do relacionamento com José Condesse de Carvalho "Toka", na época em que ela era sua secretária.

Além desse suposto fator de rivalidade, fontes diplomáticas informaram ao Club-K que Maria de Jesus terá cometido uma infração ao indicar o adido financeiro André Mauro, que havia sido exonerado há um ano e cinco meses das suas funções diplomáticas, para assumir as responsabilidades administrativas. 

"Como é possível que a embaixadora, formada em Direito, ordene a transferência das funções da adida administrativa para um financeiro que já foi exonerado há tanto tempo e que se recusa a regressar a Angola?", questionou uma fonte, acrescentando que "a embaixadora tramou de forma terrível a adida administrativa, Antónia Vandúnem, ao pedir à diretora dos Recursos Humanos do MIREX, Jacira Barros, que não repusesse a legalidade na embaixada, para que pudesse ordenar o regresso de Antónia Vandúnem a Angola. Esta última tem dois filhos em idade escolar, já matriculados para o próximo ano letivo, que começa dentro de 2 ou 3 semanas."

A mesma fonte também criticou o comportamento da embaixadora, afirmando: "É difícil acreditar que a senhora embaixadora seja formada em Direito, pois ela não respeita ninguém, nem as regras diplomáticas, nem as normas de trabalho. Os funcionários locais têm uma tolerância de 15 minutos, e se chegarem às 9:16 já não podem entrar, podendo perder o dia ou a manhã, e têm o salário descontado."

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