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JOÃO LOURENÇO WANGA WABU*

  Parece que no partido MPLA, apenas sobraram as bandeiras e as bochechas do seu presidente. Aquela outrora imponente força política, que dominava com firmeza o cenário angolano, hoje se vê esvaziada de militantes. Milhares de camaradas, outrora fiéis ao partido, estão abandonando o barco e migrando para outras forças políticas. Dentre essas, a UNITA se destaca, ganhando cada vez mais terreno em todo o território nacional.

Por: Hitles Samussuku

O cenário desolador do MPLA foi evidente neste último final de semana. No dia 13, uma grande reunião foi planejada no Distrito Urbano da Sapú, mais especificamente no CAP 126, bairro TITANIC. A expectativa era alta: mais de duzentas pessoas eram esperadas para discutir sob o lema "Fortalecer as Estruturas do Partido, para melhor inserção do MPLA na Sociedade". No entanto, o que se viu foi um verdadeiro fiasco.


A que deveria ser um marco de reavivamento e união, foi um desastre. A presença dos altos dirigentes de proa na mesa de presídio não conseguiu atrair os militantes, e o evento ficou às moscas. A ausência de participantes marcou o encontro com um sentimento de humilhação, expondo a fragilidade e a perda de credibilidade do partido junto à população.

O MPLA, que já foi sinônimo de poder e controle, agora enfrenta a dura realidade de um partido em declínio. A frase "Com o povo não se brinca" ressoa mais forte do que nunca. Os angolanos demonstram que a confiança não se conquista com slogans vazios, mas com acções concretas e um verdadeiro compromisso com suas necessidades e aspirações.

A crise do MPLA serve como um alerta não apenas para o partido, mas para toda a classe política angolana. A mensagem é clara: a política de discursos e promessas infundadas está sendo rejeitada. O povo clama por mudança, e a deserção em massa dos militantes para a UNITA é um reflexo dessa demanda.

A reunião fracassada no bairro TITANIC simboliza mais do que um simples evento mal-sucedido. Ela representa a queda das bandeiras do MPLA e o esvaziamento de seu poder. O futuro de Angola parece apontar para novas direcções, onde a voz do povo não pode mais ser ignorada.

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