O antigo vice-presidente da UNITA, Ernesto Mulato, criticou duramente a postura de alguns porta-vozes de governos africanos, que, segundo ele, se envolvem em "pequenas intrigas e insultos" e demonstram "frustração" nas suas declarações.
Em um texto publicado nas redes sociais, Mulato questionou a atitude de um
porta-voz que acusou alguém de "traição", afirmando que tal
comportamento não contribui para a construção de uma sociedade mais justa e
pacífica.
"Um porta-voz do presidente não se envolve em pequenas intrigas e insultos que demonstram certa frustração. Chegar ao ponto de entrar em alta política tratando de traidor alguém que um dia lhe poderá ser útil, essa história de valentia momentânea não mete medo em ninguém. Nesta Angola, já se viu muita coisa", escreveu Mulato.
O dirigente da UNITA também defendeu a importância do diálogo e da tolerância na resolução de conflitos recomendando a leitura do livro "Possible", do antropólogo William Ury, como fonte de inspiração para a construção de uma sociedade mais plural e democrática.
"Angola é um mosaico de culturas e cada um em sua aldeia representa algo e
não deve ser tratado como certos iluminados do sistema se habituaram a fazer.
Só tendo a noção de que onde termina minha liberdade começa a do outro e é esse
outro que, juntos, formam o Estado de Angola que ainda está em
construção", afirmou.
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