A OMUNGA, organização angolana sem fins lucrativos que atua na defesa dos direitos da criança e do adolescente, denuncia a morosidade, a burocracia excessiva e a existência de indícios de corrupção no processo de emissão de vistos pela Embaixada do Brasil em Angola.
Segundo a organização, o agendamento para a obtenção do visto, considerado
o primeiro passo do processo, é praticamente inviável para a maioria dos
solicitantes. A plataforma online não funciona e as agências de viagens cobram
valores exorbitantes para agendar o atendimento presencial.
O Director Executivo da OMUNGA, João Malavindele Manuel, foi convidado para participar do encontro da Rede Lusofonia de combate à corrupção, "RedeGOV", que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de maio. No entanto, devido à ineficiência da Embaixada do Brasil em Angola, ele não poderá comparecer ao evento.
"A Embaixada do Brasil em Angola prefere o silêncio absoluto,
demonstrando a falta de compromisso com matérias relacionados com a corrupção,
transparência, boa-governação e o respeito pelos direitos humanos",
critica Malavindele.
A OMUNGA pede ao Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio
Lula da Silva, que tome medidas para solucionar o problema e garantir que os
cidadãos angolanos tenham acesso aos serviços consulares brasileiros de forma
digna e eficiente.
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