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Assembleia Nacional reafirma missão de legislar e fiscalizar

A Assembleia Nacional vai continuar a cumprir a missão de legislar, fiscalizar, representar e promover o diálogo, o decoro e o respeito pela ética republicana e das instituições legitimamente instituídas, honrando o compromisso com a paz, a sociedade e a democracia.

O compromisso foi reiterado ontem, em Luanda, pela presidente do Parlamento, Carolina Cerqueira, durante a abertura da III Sessão Legislativa da V Legislatura.

Ao proferir as palavras de boas-vindas às distintas entidades presentes na cerimónia solene de abertura do Ano Parlamentar, com destaque ao Presidente da República, João Lourenço, a líder da Assembleia Nacional reafirmou o compromisso da instituição com o seu objecto social, assegurando o empenho dos deputados na missão confiada pelo povo soberano.

Para o novo Ano Parlamentar, Carolina Cerqueira disse que os deputados devem estar comprometidos com o engrandecimento do país, por serem legítimos representantes do povo, afirmando-se como mulheres e homens ao serviço do bem-comum, bem como servindo de fonte de esperança e de promoção do diálogo, da tolerância e defensores da dignidade da pessoa humana.

Em relação à presença regular do Presidente da República nas cerimónias de abertura do Ano Parlamentar, Carolina Cerqueira disse que, além de ser um preceito constitucional, demonstra, também, o pleno empenho de João Lourenço no processo de fortalecimento e valorização do Estado Democrático de Direito, que o país está a construir e a consolidar.

Reacções ao discurso do PR

O embaixador da Federação Russa em Angola, Vladimir Tararov, presente na Reunião Plenária Solene da III Sessão Legislativa da V Legislatura, disse que o Presidente João Lourenço dedicou o discurso sobre o Estado da Nação, principalmente, aos temas internos.

De acordo com o diplomata russo, João Lourenço debruçou-se muito sobre as conquistas económicas, sociais, nomeadamente a educação, saúde, infra-estruturas, agricultura, bem como no seguimento da estabilidade política e militar.

No que diz respeito à política externa, Vladimir Tararov referiu que o Presidente angolano dedicou uma curta abordagem ao conflito israelo-palestiniano e à situação que se vive em alguns países africanos, com realce para a República Democrática do Congo.

Relativamente às relações entre Angola e Rússia, Vladimir Tararov considerou boas, tendo sublinhado que o seu país é o maior e mais antigo parceiro de Angola, sobretudo no segmento da Defesa, onde claramente há uma base sólida de cooperação.

Sobre o contexto actual, o diplomata russo referiu que Angola necessita de outros parceiros, não só da Rússia, mas também de outros, sem, no entanto, que isso possa criar ciúmes por parte dos russos. "Não estamos com ciúmes, porque cada parte tem a sua vantagem numa relação de cooperação", ressaltou.

Empresários russos em Angola Vladimir Tararov referiu, ainda, que Angola e a Rússia não têm estabelecido, apenas, uma cooperação militar ou no campo espacial, mas também no sector económico, tendo informado que já existe uma delegação que está a trabalhar no sentido de trazer empresários russos ao país.

"Existem empresários que se mostraram muito interessados em entrar em Angola, muitos dos quais já fizeram visitas ao país, estando já a começar a negociar as condições de criação de empresas mistas", acrescentou o embaixador russo.

Além da nova fase de cooperação que está a nascer, frisou Vladimir Tararov, há também um interesse por parte dos cidadãos russos em fazer turismo em Angola, sobretudo depois das sanções do Ocidente.

"Hoje reduziram-nos a possibilidade de viajar para os países do Ocidente e, por isso, buscamos outras nações, como Angola, onde existem muitas coisas novas para serem exploradas, geográfica e culturalmente", acrescentou.

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