A Selecção Nacional de futebol para amputados encerra a preparação amanhã, com dois jogos amistosos diante do Misto de Viana, visando à disputa do Campeonato Africano das Nações, a decorrer de 18 a 30 do corrente, na cidade de Cairo, Egipto.
O primeiro jogo de controlo acontece às 9h00 e o
segundo às 17h00, no Estádio da Cidadela. Os desafios servem para avaliar a
prontidão do combinado angolano, depois do estágio pré-competitivo efectuado no
mês passado, em Istambul, Turquia. Os aspectos de jogo ligados à concentração
defensiva, transições, construções ofensivas e finalizações, sem desprimor para
as correcções pontuais, dominam as observações do seleccionador nacional,
Augusto Baptista "Cheto”.
Campeão africano da edição de 2019, disputado em Benguela, Angola figura no Grupo D, ao lado da Tanzânia, Serra Leoa e o Rwanda. Na fase de grupos, a selecção faz estreia diante da Serra Leoa, 20 de Maio, o segundo jogo é com o Rwanda (21) e o último com a Tanzânia (22).
Em declarações ao Jornal de Angola, o seleccionador
nacional, Augusto Baptista, abordou o estado actual do colectivo. "A
equipa está coesa. Começamos a preparação desde Março e o grupo beneficiou, no
mês passado, de um estágio pré-competitivo na Turquia, onde disputámos jogos
com equipas daquele país. A selecção já estava pronta para a competição, mas
foi adiada, em Abril. Tivemos de reiniciar tudo. Contudo, os jogadores
corresponderam às expectativas”, disse. A viagem para o Egipto acontece no dia
15 e dois dias antes, a equipa técnica liderada por Cheto faz a primeira
triagem.
Eis os convocados às ordens de Cheto: guarda-redes:
Sebastião Canjuluka (Misto de Huambo), Jesus Mateus (1.º de Junho de Luanda),
José Calingue (Misto do Bié), Ambrósio Chilala (Misto de Benguela), defesas,
Paciência Félix, Francisco Amaro (Trabson da Turquia), Manuel Lingate (Gebze da
Turquia), avançados, Heno Quilherme, Pedro Vicente (Izimir da Turquia), José
Candeeiro, Lucas Fungula (Trabson da Turquia) e Catarino de Carvalho (Pendik da
Turquia) Jeremias Augusto, Jerónimo Bendito (Misto do Huambo) e Abel Manuel
(1.º de Junho), Rufino Katumbela (Misto de Benguela), Gracia Kiala (Misto do
Uíge), Sabino Joaquim, Joaquim Tchimbinda (3 de Dezembro do Moxico) e Sandro do
Rosário (1.º de Junho), médios, Domingos Mateus, Samuel Dembo, Armindo Félix
(Misto do Uíge), Laurindo Lucamba, António Kambenje, Wilson Carruagem (Misto do
Huambo), Ambrósio Manico (Misto de Benguela), Orlando Francisco e João José
(1.º de Junho).
António da Luz (coordenador-geral), Sapalo
Xamuzemba(coordenador-adjunto), Augusto Baptista (treinador principal), Hélder
Baptista (técnico-adjunto), Aragão Correia (preparador físico), José Gavião
(fisioterapeuta) e Nelson da Luz (técnico de equipamento) completam a equipa
técnica.
A prova continental é qualificativa ao Mundial de
2026. Costa Rica, Japão, Polónia e Espanha são os países candidatos a acolher o
Campeonato do Mundo.
Recentemente, o ministro da Juventude e Desportos, Rui
Falcão, pediu máximo empenho à Selecção Nacional de futebol para amputados, visando
aos melhores resultados no Campeonato Africano. Em declarações à imprensa, o
governante afirmou que se trata de um conjunto com carácter de elite, por ser
Campeã Africana de 2019 e Mundial de 2018, no México. Falcão tem elevada
confiança no combinado, daí esperar um resultado positivo, que dignifica as
cores da Bandeira Nacional.
O presidente do Comité Paralimpico Angolano (CPA),
Leonel da Rocha Pinto, afirmou ser um momento de pressão para os atletas,
acrescentando que todas as condições estão criadas para o resgate do título,
perdido em 2021, na Tanzânia.
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