O presidente do Partido Liberal (PL), Luís de Castro, denunciou esta segunda-feira práticas de exploração sexual que, segundo afirma, afetam jovens mulheres em busca de oportunidades de emprego no país.
Durante um encontro com a Associação de Surdos e Mudos, o dirigente político relatou o testemunho de uma jovem surda que afirmou ter sido pressionada a manter relações sexuais com um responsável para poder conseguir emprego. “O momento mais doloroso foi ouvir de uma jovem surda e muda que foi obrigada a deitar-se com um senhor para poder conseguir um emprego. Obviamente, ela preferiu continuar desempregada”, disse Luís de Castro.
O líder do PLA afirmou que este caso reflete uma realidade “patente e latente” em Angola, onde, segundo ele, muitas jovens veem-se forçadas a ceder a pressões de membros da elite dirigente para ascender profissionalmente.
“Temos a obrigação de salvar a dignidade da jovem mulher. A moral pública está doente. Podemos até ser bem formados, mas, se continuarmos a ser um país sem ethos, de nada valerá a formação”, acrescentou.
Luís de Castro defendeu que é urgente “resgatar o essencial” e criar
mecanismos que protejam as mulheres contra abusos e assédio em ambientes
laborais e institucionais.
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