A Governadora Provincial da Lunda-Norte, Filomena Elizabeth Chitula Miza Aires, está a ser alvo de uma denúncia pública que a acusa de práticas reiteradas de nepotismo, sectarismo regional e religioso.
O documento, tornado público neste domingo em Lucapa, aponta que várias
nomeações de dirigentes municipais e de gabinetes provinciais terão sido feitas
com base em laços familiares, proximidade pessoal e afinidade religiosa, em
detrimento de quadros locais qualificados.
Entre os casos citados estão:
• Lucapa: Adriano Paulo Muandumba, alegadamente afilhado do irmão da
governadora;
• Cambulo: Abílio Lápis, reformado e apontado como amigo próximo;
• Cuango: Zito Bartolomeu, igualmente reformado;
• Gabinete Provincial de Estudos, Planeamento e Estatística: Mutombo Edgar
Casmota, referido como concunhado do irmão da governadora;
• Dundo: Agnaldo Cahilo, parente da governadora, além de outros familiares
em cargos administrativos e sociais.
Segundo a denúncia, a maioria dos responsáveis recentemente nomeados são
naturais do Moxico, terra natal da governadora, e membros da Igreja Adventista
do 7.º Dia, a mesma confissão religiosa da dirigente.
Os signatários do documento alegam que estas práticas resultam na exclusão
de quadros competentes da Lunda-Norte, alimentam um ambiente de divisão e
sectarismo e dificultam o desenvolvimento da província.
A denúncia conclui apelando à intervenção das autoridades competentes, para
que seja garantida uma governação mais inclusiva e voltada para o interesse
público.
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