Ticker

10/recent/ticker-posts

Representar e Defender O nosso País (Angola) na Diáspora, é um Imperativo Moral e Patriótico - Afonso Botáz

Penso que num mundo cada vez mais globalizado e interdependente, representar e defender Angola na diáspora deixou de ser um simples gesto voluntário ou um favor simbólico. Tornou-se um imperativo moral e patriótico. Quando um cidadão ou cidadã angolana, fora do território nacional, ergue a voz em defesa dos interesses do nosso país, está a cumprir uma missão nobre que ultrapassa interesses pessoais e se inscreve nos anais da dignidade e da soberania nacional.

Um exemplo paradigmático mais recente que gerou impacto nas redes sociais dessa postura altiva e patriótica é o da jornalista Hariana Verás Victória, cuja a sua intervenção memorável na Casa Branca, durante um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, permanece como símbolo de coragem cívica e diplomacia cidadã. Em pleno epicentro do poder mundial, Hariana não se limitou ao protocolo jornalístico; ela aproveitou aquele raro momento para chamar a atenção do mundo sobre o conflito persistente entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda, defendendo a paz, o diálogo e, sobretudo, posicionando Angola como ator relevante e legítimo na busca pela estabilidade na região dos Grandes Lagos.

A atitude dela foi muito além do jornalismo – foi um ato de representação nacional. Hariana Veras, com firmeza e lucidez, lembrou a todos que Angola não é apenas expectadora dos processos regionais, mas sim uma nação comprometida com a segurança, a paz e o desenvolvimento do continente africano. A forma como em palavras objetivas falou do papel do Presidente João Lourenço como mediador nos conflitos da RDC e do Ruanda não apenas dignificou o Estado angolano, como elevou o nome do nosso país nos corredores da diplomacia internacional.

Esta postura deve servir de referência para todos nós angolanos na diáspora ou não: académicos, artistas, empresários, estudantes e trabalhadores. Onde quer que estejamos, somos embaixadores naturais da nossa terra. Não podemos ser indiferentes quando Angola é mal compreendida ou ignorada. Temos o dever de corrigir narrativas distorcidas, de promover a nossa cultura, de exaltar as nossas conquistas e de explicar, com sobriedade, os nossos desafios.

Representar Angola na diáspora é, também, lutar contra a invisibilidade histórica a que muitos países africanos foram sujeitos. É fazer valer a voz de um povo resiliente, rico em cultura, em história e em potencial. Tal como Hariana Veras demonstrou, não precisamos ocupar cargos políticos para exercer o patriotismo. Basta agir com consciência, convicção e coragem.

Hoje, mais do que nunca, é preciso que cada angolano espalhado pelo mundo entenda que carregar a bandeira do nosso país não é um fardo, mas uma honra. E que defender Angola, com argumentos, com exemplos e com coragem, é contribuir para a construção de um futuro mais justo, forte e respeitado para todos nós.

Que o exemplo da nossa irmã Hariana Veras inspire uma nova geração de angolanos comprometidos com a pátria, onde quer que estejam. Porque representar Angola não é um favor. É um dever moral. É um acto de amor. É, sobretudo, um gesto patriótico.

Enviar um comentário

0 Comentários