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General Higino sob escuta

As autoridades angolanas permanecem em silêncio face às informações que circulam nas últimas horas, segundo as quais o general Francisco Higino Lopes Carneiro estará a ser alvo de escutas e vigilância intensiva, na sequência do anúncio da sua pré-candidatura ao congresso ordinário do MPLA, agendado para Dezembro de 2026.

Fontes citadas pelo "Portal" indicam que Higino Carneiro está sob monitorização permanente por agentes à paisana, com recurso a viaturas equipadas para intercepção de comunicações, escutas ambientais e controlo por infravermelhos nas suas residências e escritórios. Alegadamente, estas acções visam travar o avanço da sua candidatura à liderança do partido no poder.

A denúncia surge poucos dias depois de o ex-governador de Luanda ter apresentado publicamente uma proposta de “revitalização profunda” do MPLA, defendendo o fim da cultura de bajulação, o reforço do papel das bases e o regresso à crítica e autocrítica como instrumentos de correcção interna.

Até ao momento, a Presidência da República não comentou as acusações. Recentemente, porém, o Presidente João Lourenço sublinhou que não apoia qualquer candidatura em particular, deixando críticas a discursos que se apresentam como “predestinados” à liderança.

Constitucionalistas angolanos alertam que, caso se confirmem, estas práticas podem representar uma violação grave dos direitos políticos e um uso indevido dos serviços de segurança para fins partidários, em clara afronta ao princípio da igualdade de condições entre concorrentes internos.

Organizações da sociedade civil e observadores internacionais acompanham de perto a situação, considerando que a disputa pela liderança do MPLA poderá redefinir o panorama político de Angola nos próximos anos.

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