Depois das assinaturas dos acordos de Alvor, com o governo português em 1975, e o aproximar da data para a poclamação da independência, na província de Luanda, como o combinado entre os três movimentos (MPLA, FNLA e UNITA), o MPLA de imediato viola os acordos e toma a capital do país com ajuda dos cubanos preparando-se assim para proclamar a independência sozinho correndo com a UNITA e FNLA para fora de Luanda.
A violação dos acordos deu início à guerra civil. UNITA e FNLA vendo-se
injustiçados pelo MPLA obrigaram este partido a honrar com os acordos, mas este
não recuou com a posição que tomou, a sua ignorância diante das reivindicações
dos dois movimentos tornou-se num objectivo político e militar fundamental para
a proclamação do nascimento da nova nação. A FNLA liderada por seu então líder
Holden Roberto conjuntamente com o exército zairense fez um esforço em direcção
à capital para impedir que o MPLA proclamasse a independência, a UNITA fazia o
mesmo a partir do Sul do país.
A coluna da FNLA, vinda do Norte, chegou a atingir o Cacuaco (município que
separa Luanda do Bengo), enquanto as FAPLA e o exército cubano já haviam
estabelecido em posições defensivas em Quifangondo. Não conseguindo romper
estas forças e faltando poucas horas para que o MPLA proclamasse a
independência, do lado da FNLA intensificou-se os bombardeamentos sobre Luanda
como último recurso para impedir a proclamação da independência pelo líder do
MPLA António Agostinho Neto, sem sucesso, dias seguintes, a FNLA e o exército
zairense acabaram por decidir recuar para o Norte de Angola, mais tarde Holden
Roberto parte para o Zaire (actual RDC) encontrando-se com o presidente daquele
país que o apoiava, Mobutu Sese Seko. Mobutu por sua vez, devido as exigências
ocidentais que pediam para o mesmo deixar de apoiar a FNLA por considerá-lo
como um grupo terrorista, ameaçando sancionar o seu governo caso proceder com o
apoio militar à FNLA, Mobutu pressionado e intimidado com isso, manda prender
Holden Roberto no seu país.
Já numa altura em que o MPLA estava no poder, o regime de Agostinho Neto
decide intervir e negociar com o governo de Mobutu no Zaire, a negociação foi
aceite, Holden Roberto estava preste a ser libertado, neste caso, o MPLA
decidiu mandar libertar o líder da FNLA caso este aceitasse ir ao exílio na
França e abandonar a luta em Angola desmobilizando a sua tropa que ainda se
encontravam no território angolano.
Holden Roberto decidiu aceitar a proposta do MPLA e anunciou que não
lutaria mais, e que a luta dele era contra o colono não contra os irmãos. Os
militares da FNLA foram desmobilizados uns decidiram integrar às forças da UNITA
outros voltaram nas suas vidas normais e Holden Roberto foi para o exílio.
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