O secretário nacional da JURS, braço juvenil do PRS, Jaime Vunge considera fracassadas as políticas do Governo angolano viradas à juventude, que na visão do jovem político, está votada ao abandono.
Falando à imprensa neste domingo, 15, durante um acto solidário com os
jovens desfavorecidos no pátio da Casa da Juventude, no município de Viana, em
Luanda, o líder juvenil do Partido de Renovação Social (PRS) constata que, as
políticas do Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD) “privilegiam os
jovens filiados à JMPLA”.
“As políticas ligadas à juventude são inscritas apenas no papel, e as que
saem do papel quem sente os efeitos são apenas jovens ligados à JMPLA, braço
juvenil do MPLA, tal como há tempos acompanhamos nas redes sociais”, disse.
Segundo Jaime Vunge, quando surgem projectos para os jovens, o Ministério
da Juventude e Desportos, prioriza quem tem vínculo com a JMPLA. “Quando trazem
kits para materialização de vários programas que afectam a juventude, são dados
apenas aos jovens que têm um vínculo com a JMPLA, de contrário não apanhas
nada”, denunciou.
Para o secretário nacional da JURS, a sua organização partidária, anda preocupada
com as supostas políticas de “exclusão do Ministério da Juventude e Desportos,
enquanto materializador de políticas da juventude angolana e advogado sénior de
todas as preocupações dos jovens”.
“Há tempos, essas questões, víamos a secretária do Estado a fazer visitas
por amiguismo, às zonas em que há somente militantes do MPLA, projectos
pequenos de jovens empreendedores não apoiam, mas se fores apoiado só se fores
do grupo/CAP da JMPLA”, reforçou.
Durante o acto solidário, o secretário nacional da Juventude do PRS, disse
ter interagido com muitos jovens, que manifestaram o seu desalento pelo quadro
“caótico”, que a juventude atravessa.
“A juventude angolana vive a sua sorte, é uma avaliação péssima porque quem
diz ser nosso funcionário (Presidente João Lourenço) não se preocupa com o
patrão e desta feita, acaba não fazendo bem o serviço do patrão e quem não faz
bem o serviço do patrão, há um contrato com o dito funcionário, que termina em
2027”, disse.
Quanto à actividade solidária, o secretário nacional da JURS ressalta que o
acto serviu para assinalar o 16 de Junho, Dia da Criança Africana, permitiu
auscultar as principais dificuldades que a juventude mais desfavorecida
enfrenta no seu dia a dia.
“Hoje tivemos o nosso (pequeno almoço) chamado matabicho solidário. Onde
tivemos que nos despir das nossas vestes políticas e de secretários nacionais
para estarmos aqui com os meninos de rua e comermos à volta de uma mesa e
conversarmos de tu para tu, cara a cara, para ouvirmos o verdadeiro clamor desses
meninos e jovens de rua”.
Jaime Vunge revelou que, na ocasião, cerca de 500 pessoas, na sua maioria
jovens e “meninos de rua”, beneficiaram de alimentação.
“Tão logo se aperceberam da nossa chegada, vieram engraxadores, lotadores e
os próprios meninos de rua que são os nossos principais alvos, alusivo ao dia
da criança africana”, contou o político, que garante continuar com actividades
solidárias em Luanda e nas demais regiões do país.
0 Comentários