Os jovens João Cassanga, de 36 anos e Mukas Luanda, 20, da província do Cubango, restituídos à liberdade no quadro do Decreto Presidencial n.º 295/24, de 27 de Dezembro, sobre o indulto, prometeram abdicar-se de práticas criminosas, para não voltarem à cadeia.
Os dois antigos reclusos, que se encontravam a cumprir pena
de prisão na Unidade Penitenciária de Menongue, na actual província do Cubango,
depois de receberem os mandados de soltura, agradeceram o gesto de clemência do
Presidente da República, João Lourenço, e garantiram que, doravante, vão mudar
de vida, no sentido de trabalhar para ajudar o país a crescer.
Mukas Luanda contou que depois de cumprir 30 meses de pena de prisão, dos quatro anos de condenação aplicada pelo Tribunal da Comarca de Menongue, por ter cometido o crime de furto de uma motorizada na via pública, jamais pretende voltar ao mundo do crime e doravante pretende trabalhar com o seu pai na lavra que possui no município do Chitembo, província do Bié.
“Eu poderia estar mais de 20 meses encarcerado na Unidade Penitenciária de Menongue, e, graças ao perdão Presidencial, hoje estou de volta ao convívio familiar”, disse, acrescentando que este é o primeiro presente do ano 2025 que recebeu, muito especial, porque beneficiou do mais alto mandatário da Nação angolana, o Presidente João Lourenço.
O jovem referiu, ainda, que espera preservar bem este
presente de grande honra e nunca mais ter uma atitude bastante negativa de
cometer um delito que lhe privou de liberdade durante dois anos e seis meses,
período que parecia longos anos e que diariamente sentia-se arrependido pelo
crime.
Mukas Luanda explicou que cometia vários delitos desde 2018 e
nunca tinha sido detido, mas a sua sorte tornou-se madrasta quando em 2022
decidiu furtar uma motorizada, que se encontrava estacionada defronte a uma
cantina no bairro Tchivonde, arredores da cidade de Menongue.
“O jovem que veio para comprar a motorizada que eu tinha
roubado reconheceu o seu meio e ludibriou-me para que fossemos a um multicaixa
para levantar alguns valores. No local, apareceu um carro de patrulha da
Polícia Nacional, porque ele já havia participado o crime e a partir
Sentimento de gratidão
Para João Cassanga, que estava a cumprir uma pena de também
quatro anos, na Unidade Penitenciária de Menongue, por consumo e posse de
estupefaciente, vulgo liamba, em nenhum momento sonhou que seria solto em
liberdade sem cumprir a totalidade da pena, porque ainda faltavam 20 meses.
Outra situação que lhe deixou bastante admirado é que o seu
perdão viesse do Presidente da República, João Lourenço, por não ter linhagens
familiares e o seu nome não ser uma referência na sociedade.
Explicou que mesmo depois de lhe informarem que receberia
mais cedo o seu mandado de soltura através do Indulto Presidencial, acreditou
somente que estava livre quando atravessou todo o aparato de segurança da Unidade
Penitenciária de Menongue, lugar que jamais pretende regressar.
“Estou muito satisfeito porque agora que estou em liberdade,
vou a Mavinga ao encontro da minha família que tanto amo e pedir perdão pelo
tempo que estava distante deles, através do erro que cometi e prometer nunca
mais fazer”, disse.
João Cassanga aconselhou a todos os cidadãos a absterem-se do
mundo do crime, porque por mais tempo que as pessoas sentem-se que estão a
desfrutar de uma boa vida com o dinheiro ou bens que roubam, não compensa,
porque tarde ou cedo o lugar de um criminoso é na cadeia.
Mandados de soltura
Durante a cerimónia que decorreu na Unidade Penitenciária de
Menongue, João Cassanga e Mukas Luanda, receberam os mandados de soltura das
mãos do juiz presidente do Tribunal da Comarca de Menongue, Jones Paulo e do
sub-procurador Geral da República titular nas províncias do Cuando e do
Cubango, Nilton Muaca.
Na ocasião, o juiz presidente do Tribunal da Comarca de
Menongue, Jones Paulo, advertiu os beneficiários a pautarem por uma conduta
digna, dedicarem-se às boas práticas no seio da sociedade, para que não possam
voltar a cometer crimes e serem novamente encarcerados.
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