Wilson Daniel Freita da Costa, antigo executivo da General Electric (GE) em Angola foi considerado esta semana culpado de fraude eletrónica e de duas acusações de roubo de identidade nos Estados Unidos por um júri composto por 12 pessoas. O julgamento foi conduzido pelo juiz Kevin Castel, o qual irá anunciar a sentença a 26 de fevereiro de 2025.
Segundo o gabinete do procurador dos EUA de Manhattan, Wilson da Costa, usou o
Photoshop para falsificar os nomes de dois funcionários angolanos em 2017,
abrindo caminho a uma negociação complexa que culminou num empréstimo de 1,1
mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) da GE a Angola, um
processo que envolvia também a empresa portuguesa Aernergy SA.
Os advogados de Wilson da Costa não negaram que os documentos foram falsificados, mas alegaram que o seu cliente não era o homem responsável.
As acusações criminais, agora dadas como provadas, surgem na sequência de uma disputa de longa data entre a GE e a Aenergy SA que, segundo o Tribunal de Manhattan, fez alegações de "comportamento imprudente e encobrimento contra a companhia americana".
Wilson da Costa foi acusado de utilizar documentos falsificados para convencer o governo de Angola a rescindir contratos com outra empresa num projeto de energia e água no valor de 1,1 mil milhões de dólares.
Os advogados de Wilson da Costa não negaram que os documentos foram falsificados, mas alegaram que o seu cliente não era o homem responsável.
A Aenergy, liderado por Ricardo Leitão Machado, manteve um contencioso com a GE
junto da justiça norte-americana, mas desistiu dos processos em dezembro de
2023 após ter chegado a um acordo confidencial com aquela multinacional.
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