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MÉDICOS LEGISTAS AO SERVIÇO DO SISTEMA EM ANGOLA

O regime do MPLA para manter  o poder autocrático desde 1975, teve de criar uma estrutura de suporte para justificar ou manipular  a opinião pública quando executam um intelectual que os incomoda pela verticalidade e, sobretudo, por não aceitar os envelopes do cala-te .

Por: Jerónimo Nsisa 

Actualmente, nota-se uma cultura da medicina legal por parte dos angolanos, porquanto que, nas circunstâncias em que morre um cidadão, seja nos hospitais ou por técnicas de necropolitica ou biopoder, sob orientação do sistema alguns afirmam que precisamos esperar o resultado da autópsia, mas  poucos sabem que os  médicos legistas estão ao serviço do sistema e em rigor são mesmo agentes do SINSE.

No sistema montado para o silenciamento dos críticos e opositores do MPLA, os médicos legistas são parceiros importantes, e jamais apresentarão um diagnóstico assertivo,p porque também dominam o mitié das execuções por orientações do SINSE, MPLA e o SIC.

A medicina legal é uma área de saber que resulta da interligação de duas ciências, medicina e direito. Ela serve para fornecer provas técnico-científicas no processo de investigação de  crime contra uma vítima por parte do ministério da justiça. Também, ajuda para a justiça social que tem a ver com o esclarecimento das causas da morte de um ente querido de qualquer família na sociedade. 

Em Angola, embora a complexidade deste área, mas todos os médicos legistas, estão sob tutela do sistema e têm orientações expressas, superiormente, para forjar os resultados dos diagnósticos, quando a vítima for executada por questões políticas .

Ademais , os médicos legistas estão em conexão com o laboratório de criminalística da polícia de investigação criminal (SIC) e  os serviços de inteligência e segurança do estado (SINSE). Ora, o MPLA controla a vida e a morte em Angola , ou seja, com a biopolítica manipulam-se os diagnósticos dos alvos abatidos em defesa do poder .

Com aplicação das técnicas de biopoder e necropolítica, o sistema decide quem deve morrer e quem deve viver. Para a prossecução dos seus objectivos de execução dos cidadãos que consideram incómodos ou incorruptíveis, criaram as brigadas de execução no SIC, SINSE, que também integram alguns marginais de alugueres controlados pelo sistema, e outros são presos condenados, que quando há uma missão são retirados e regressam após o trabalho, podendo ser compensados com a redução de penas.

Muitos executores do sistema são médicos e enfermeiros integrados nos hospitais e clínicas, no entanto, sempre que um paciente seja ele político da oposição ou crítico da sociedade civil chegam, consultam a lista se o nome consta, caso se confirme, diligências políticas são feitas para se aplicar uma sinderela ( veneno a longo prazo), e outros são mesmo apagados de imediato, por isso, alguns notam que surgem casos em que um paciente estava a melhorar, mas de repente agrava e falece. E surge a questão, mas estava a melhorar?

Vamos esperar os resultados da autópsia, quem são os médicos legistas e quem os tutela pela estratégia de execução com recurso ao sistema   da saúde ( hospitais públicos e clínicas privadas ), acidentes pré-programados, envenenamentos e tiros, jamais um médico legista, daria um diagnóstico que comprometa as orientações dos gabinetes de poder e execução dos adversários políticos ou dos cidadãos críticos em Angola.



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