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Há 50 anos Conhece Pedaço da história

É de notoriedade pública, que o 15 de março de 1961, marcou o inicio da Luta Armada de Libertação Nacional, mas, muito ainda não sabem como e quando é que esta luta terminou.

De recordar, Ngola Kabango, disse que com efeito, em 14 outubro de 1974, após aturadas concertações secretas, que abordo do barco de recreio do saudoso Marshall Mabutu Sese Seko Kuku Gbendo Wa Zabanga, na época Presidente da Republica do Zaire, que foi celebrado o histórico acordo de cessação de hostilidades, entre uma delegação da UPA/FNLA,  Álvaro Holden Roberto, e uma delegação do governo português, conduzida pelo saudoso general Fintes Pereira de melo, chefe da casa militar do general António Spinola, na altura presidente de Portugal , apos o golpe de estado de 25 de abril de 1974.

Segundo o politico Ngola Kabango, até a assinatura do celebre acordo, foi percorrido um caminho tanto  quanto espinhoso recheado de pequenas historietas. Hoje, nas vestes de relator de factos históricos, que marcaram a trajetória do lendário Álvaro Holden Roberto, vou  contar o que realmente se passou no dia 14 de outubro de 1974, no salão nobre do palácio flutuante do grande leopardo, disse.

O politico, acrescentou que ao tomar a palavra o saudoso Yembe que na altura também era apelidado da Papá Tulante, disse que a FNLA, só iria assinar um acordo de cessação de hostilidades e não um cessar fogo, em termos militares clássicos. António o general Fontes Pereira de Melo, lançou: então o doutor Holden Roberto, não acredita na boa vontade do  governo português? O inesquecível Líder histórico, Álvaro Holden Roberto, no seu estilo inconfundível replicou: queremos somente fazer um teste para saber se o governo português, ordenará efetivamente o fim das investidas do exército colonial português, contra os guerrilheiros do ELNA. Prosseguindo, disse, no que nos diz respeito nós cumpriremos a nossa palavra.  Após a troca destes galhardetes “gindungados” o acordo foi, finalmente, rubricado pelos chefes das duas delegações a saber: lendário Álvaro Holden Roberto, e o general Fontes Pereira de Melo.

1º as delegações eram assim constituídas: FNLA-Álvaro Holden Roberto da FNLA e comandante em chefe do ELNA Johnny pinnock Eduardo encarregado das relações exteriores do GRAE, Ngola Kabangu, encarregado do interior e coordenador dos serviços de segurança e contraintelegencia, Hendrick Vall Neto, coordenador da informação, sebastião Lubaki Ntemo,  membro de Direcção da FNLA.

Delegação Portuguesa–General Fontes Pereira de Melo, chefe da casa Militar do General António Spinola, Comodoro Leonel Cardoso membro das Fonte Armadas (MFA) destacado em Angola, Coronel Cabarão chefe dos serviços de contrainteligência do MFA e outros membros que não foram devidamente identificados.

Assim se celebrou o histórico, mas ofuscado acordo que pós fim a longa, espinhosa e heroica Luta Armada de Libertação Nacional, conduzida pelo intrépido e destemido Ex-exército de libertação Nacional de Angola-ELNA. Dando cumprimento à sua palavra de honra, Álvaro Holden Roberto, dirigiu às 0h00 do dia 14 de outubro de 1974, através das ondas hospitaleiras da rádio nacional do Zaire, uma mensagem a todos os comandos operacionais do ELNA, e aos comandos, que cessassem todas as investidas contra as forças coloniais portuguesas.

Às horas do dia 15 de outubro de 1974, o general Fontes Pereira de Melo, telefonou ao lendário, Álvaro Holden Roberto, dizendo exatamente o seguinte: o senhor doutor cumpriu a sua palavra, “nós também cumpriremos a nossa. Assim cessaram as hostilidades militares em todas as áreas onde se confrontavam os ex guerrilheiros do heroico ELNA e as forças militares colonialistas”.

Tudo se tem feito para deitar ao mar profundo a histórica data de 14 de outubro de 1974, que abriu as portas às negociações que culminou com a independência dolorosa de angola, proclamada a  11 de novembro de 1975, passando pelas cimeiras de Mombaça ( Cidade costeira da República do kenya), Alvor realizada no hotel Penima no algarve-Portugal e em Nakuru, outra cidade do Kenya.

É por todas estas razões, acima referenciadas e com o apoio unanime de todos os antigos combatentes, ainda em vida de cabinda ao Cunene, que deve proclamar dia 14 de outubro como dia do antigo combatente da frente nacional de libertação de angola, que deverá ser comemorado anualmente em todo o território nacional e na diáspora.

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