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Caposso no país da confusão - Jorge Eurico

 Mabunda é o nome de uma peixeira muito conhecida e respeitada em Luanda. Era membro da falange feminina do MPLA: A OMA. Morava e trabalhava na Corimba. Nas imediações do Supermercado Fernandes e da casa de Massano Júnior. Lourdes Caposso é a coordenadora da Comissão de Disciplina, Ética e Auditoria do Comité Provincial do MPLA de Luanda. No pretérito final de semana participou do debate sobre a Divisão Política e Administrativa (DPA) promovido pela Rádio Essencial.

Lourdes Caposso mostrou-se, no debate, “essencialmente” trapalhona e politicamente incompetente. A sua argumentação foi atabalhoada e ridícula. Fez uma “salada russa” com conceitos políticos que não domina. Ficou claro também que leu (se é que algum dia o leu) “ O Príncipe”, de Nicolas Maquiavel na diagonal. De forma superficial.

Chamou à colação sem motivo nem razão o livro de Lewis Carrol: Alice No País das Maravilhas! Ficou evidente que nunca leu a obra épica de Lewis Carrol. Lourdes Caposso esteve no debate das maravilhas para brincar de brincadeira. E fez uma deliciosa algazarra com sua garrulice de cotovia política apedeuta. Deu para conhecer a sua essência política e intelectual.

Mabunda, a peixeira da Corimba, teria representando melhor o MPLA. Quem acompanhou o debate sobre a DPA ficou mais confuso. É Lourdes Caposso no País da confusão. Ela foi incapaz de explicar de forma clara e precisa as razões da nova DPA. A moçoila tem carisma. Mas faltam-lhe a personalidade e a solenidade da peixeira da Corimba, a Mabunda.

A impreparação política e intelectual de Lourdes Caposso veio ao de cima. Esteve mal no debate. Foi uma desonra para um partido que alega ter os melhores quadros do País nas suas fileiras. Um debate é coisa séria. Requer estudo. Demanda investigação. O MPLA tem de ter cuidado e responsabilidade antes de indicar alguém para representá-lo em debates públicos. É uma grande responsabilidade.

A indicação de alguém para um debate deve decorrer de uma decisão estratégica. Deve ser cuidadosamente preparada. É preciso ter em consideração a personalidade de quem se vai indicar para o debate e a mensagem que se pretende transmitir ao cidadão-eleitor.

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