"Revelações do baú da minha ultima biblioteca "mais velho" Alfredo" ex financeiro do MPLA o único que não roubou nem um tostão. Antes de me alongar importa dizer-vos que as revelações que vou fazer espremidas desta que considero como a minha última biblioteca o mais velho Alfredo.
Foram feitas dentro da minha própria casa quando este tio do Bornito De Sousa esteve em tratamento aqui na Alemanha. E fui eu mesmo, quem aconselhei um médico alemão meu amigo que acabou por descobrir o que as tais famosas boas clínicas de Angola não conseguiam.
Os
mais velhos do MPLA que têm mais de 80 anos de idade quase 90 devem se recordar
deste mais velho que tinha como nome na clandestinidade.
Os
Calcinhas, Caquis entre os outros nomes que colocava os homens da PIDE
baralhados ao ponto de que nunca tinham conseguido dar conta de quem se
tratava.
O mais
velho Alfredo, esteve cá um ano inteiro em tratamento fora do hospital só
esteve hospitalizado quando foi necessário lhe aplicarem uma katheter
numa das pernas.
Quanto
ao resto, estava operacional, tinha boa conversa com cabeça tronco e
membros via-se que tinha sido um dos bons alunos.
Dos
ensinamentos que vários mais velhos malanjinos tiveram na missão do
Quéssua naquele tempo , entre eles o mais velho Baltazar pai do Bornito de
Sousa o primeiro negro que tentou traduzir o kimbundo em portugues.
Quase
todos os fins de semanas estávamos juntos em minha casa para umas boas funjadas
e boa pinga que acompanhava aqueles almoços que se prolongavam até às tantas da
tarde .
Com
muita conversa , risos e gargalhadas , era só para vos dizer que não se
trata de revelações feitas por terceiros ou lidas em restos de jornais
por exemplo.
Este
mais velho Alfredo um malanjino puro mesmo como funcionário da fazenda e
contabilidade na altura tinha pertencido as células clandestinas primeiro
da UPA e depois do MPLA no bairro Operário.
Nos idos anos em que a
PIDE/DGS não brincava em serviço e era certeira , mas ainda assim
ele conseguiu escapar-se e nunca passou por uma cadeia.
Pelas suas mãos passaram muitos
angolanos para atingirem os Congos .
Entre eles o próprio José
Eduardo Dos Santos e um Kolombolo no dizer deste mais velho que sabia medir as
palavras e sabia se situar com quem estivesse a conversar no momento.
Um dos únicos confirmado por
Mendes de Carvalho numa roda de camaradas , em como sendo entre os que
não tinha roubado um tostão sequer dos cofres públicos.
Apesar das grandes
possibilidades que teve como financeiro numa altura em que as contas eram
feitas com máquinas calculadoras
A PIDE
/ DGS nunca lhe tinha conseguido prender porque ele usava vários "
codinomes "( nomes de código ) .
Sempre que operava como a ponte
que ligava as células , aos Congos , aos camaradas que estavam prontos a seguir
, aos caminhos e aos guias do lado já não longe das fronteiras.
Entre os nomes que ele usava
eram; o Calcinhas e o Caquis , mas para não se tornar numa crônica longa
e se constituir numa tortura para uma grande parte dos leiros .
Que nem sei , se por causa do
saldo , detestam longas leituras mas prometo ainda hoje vou fazer algumas
revelações bombásticas.
Sobre as mortes de Nito Alves e
de Hoje Ya Henda que afinal não foi nada morto pelo colono em combate , como o
MPLA pinta tão acostumados a falsear ate mesmo factos históricos.
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