O Presidente do Conselho de Administração da Rede Nacional de Transporte de Eletricidade de Angola, Rui Pereira do Amaral Gourgel, aprovou o orçamento de 300 milhões de kwanzas para a realização das festividades do 10º aniversário desta empresa pública, que resulta da incorporação dos ativos da Unidade de Negócio de Transporte da extinta ENE.
A nível da empresa, o tema está a gerar críticas, tendo em conta que a
ausência de salários e falta de condições têm sido justificadas por altos
dirigentes da empresa como decorrência de uma alegada falência atribuída à
ENDE, a principal fonte de receita da RNT. Alega-se que a ENDE cobra mal aos
clientes e, por conseguinte, empresas como a RNT e a PRODEL sofrem
consequências.
Desde que deixou a EDEL para assumir a RNT, esta não é a primeira festa da empresa a ser promovida por Rui Pereira do Amaral Gourgel, que é dado como amante destas atividades, tendo escolhido a cidade de Saurimo para “estar fora do circuito”, à semelhança das edições anteriores que aconteceram em Luanda, Malanje, Huíla, Moxico e Cuanza Norte. Para alguns funcionários ouvidos pelo Club-K, o problema está em que se trata de “uma empresa que anda falida financeiramente, com grandes problemas de tinteiros, resmas de papel, internet, material de apoio para trabalhar, rádio de comunicação que são prioridades para um bom funcionamento e evitar acidentes”.
De recordar que para assinalar estes 10 anos de existência da empresa, a Rede
Nacional de Transporte de Electricidade (RNT), organizou uma extensa
programação de atividades que se estendem por todo o mês de junho. As
comemorações incluem eventos desportivos, doações de sangue, palestras, visitas
técnicas, ações sociais e confraternizações para os trabalhadores da empresa.
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