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“Ontem o colono era branco. Hoje o cão coloniza o cão!” – O Poeta

 Uma declamação de poesia de intervenção social está a rolar nas redes sociais, cuja performance faz um resumo geral da situação do país desde a economia ao social, incluindo a política e o sector de defesa e segurança. O poeta cujo nome não está revelado no vídeo, declama em um espaço em Luanda, cujo local exacto também não está identificado.

Versos profundos tal como aquele que dá título a este comentário, funde-se com outros tais como os angolanos têm “estomago cheio de nada”, para se referir a fome generalizada no país. Para reafirmar a constatação feita sobre a realidade, ironiza que “Mesmo quem não tem passaporte, tem Visto.” Este visto não é o visto que permite a entrada em um país, mas o visto referente ao verbo ver.

O poeta autoproclama-se aquele que está no palco para evocar a liberdade de expressão negada aos angolanos, dizendo: “Barulho do silêncio que grita em nós”. Acto contínuo, denuncia a miséria crescente que leva cada vez mais mamãs a zunga, mas são brutalizadas por agentes policiais cujo treino visa violar as pessoas cujos direitos já andam violados, afirma.

Ironiza ainda que os angolanos estão cansados de viver no país porque a riqueza é demais, empregos são demais, o bem-estar é excessivo por isso estamos a migrar em massa. Sobre a migração, recorda um dos inúmeros disparates do JLO. E clama dizendo que o país está a receber muitos turistas porque gostam de lixo.
Em seguida recrimina a Deus dizendo-Lhe que o povo pediu um presidente e Deus enviou um General. Resultado: TODO O PAÍS ESTÁ EM RECRUTA!

SOLUÇÃO
Ao contrário de muitos poetas engajados que se limitam a descrever a realidade, este apresenta uma solução. Convida cada cidadão para lutar com os meios a disposição com a vista ao alcance da libertação e mudar o país.

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