O Dia Internacional da Mulher surgiu em função de um conjunto de reclamações e lutas, relativamente à igualdade de uma série de direitos, um pouco por todo o mundo a partir do fim do século XIX e durante o século XX. No entanto, só em 1975 é que o dia 8 de Março foi instituído e reconhecido oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Ainda a presidente da Lima, fez saber que no continente africano, de um modo geral, a Mulher tem procurado destacar-se, pois, a África, sendo o berço da Humanidade, é o espaço, por excelência, onde a Mulher sempre exerceu a sua influência na comunidade e na sociedade, como orientadora do lar, com base no seu perfil definido e forte, não individualista, mas sim, congregador.
“A luta pela autonomia financeira tem sido uma das grandes batalhas das Mulheres africanas, fruto da precariedade da qualidade de vida, quase a todos os níveis, que grassa o nosso continente, independentemente da sua condição social. Em Angola, o sentimento não é diferente; o 8 de Março não representa uma mera data comemorativa, mas, também tem servido as Mulheres reflectirem sobres as várias formas de alcançar o Empoderamento Feminino e aplicá-lo na prática, trabalhando em benefício de outras Mulheres, jovens raparigas e em prol da sociedade que elas têm ajudado a edificar”.
Bonguela
disse que a participação e a contribuição da Mulher angolana nos vários espaços
e níveis da vida da sociedade, não devem se resumir a esta data; antes pelo
contrário, devem ser permanentes e essenciais para a construção e
desenvolvimento da sociedade.
“Na UNITA as Mulheres têm feito tudo ao seu alcance para participar e se capacitar, no sentido de se empoderarem, superarem e estarem preparadas não apenas para partilhar o seu conhecimento, mas também para dignificarem o Partido com a sua inclusão nos órgãos decisores, aumentando, assim, a sua quota e reduzindo cada vez mais a desigualdade, rumo à concretização da Equidade do Género”.
A
presidente da Lima, acresentou que a tomada de consciência de que as mulheres
podem fazer mais e melhor; a sua vontade de se capacitar para o efeito, bem
como a necessidade de cooperar e construir sem competir, constituem a base para
o Empoderamento Feminino.
De
entre os pilares do Empoderamento Feminino, consta a segurança da Mulher e o
fim da violência a todos os níveis.
A Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres (1993), desde então, estimulou a Assembleia Geral para passar numerosas resoluções e acções, que exigem relatórios periódicos dos Estados-Membros sobre as várias formas de violência contra as mulheres. (Monitor do Género e Desenvolvimento da SADC, 2016.
Salientou
ainda que a LIMA considera igualmente preocupantes as taxas de analfabetismo na
população adulta que, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)
de 2019, (a mais actual a que tivemos acesso), num universo de 30 175 553
(trinta milhões, cento e setenta e cinco mil, quinhentos e cinquenta e três)
habitantes, 15 483 615 (quinze milhões, quatrocentos e oitenta e três mil,
seiscentas e quinze) são Mulheres e 14 619 938 (catorze milhões, seiscentos e
dezanove mil, novecentos e trinta e oito) são Homens.
Deste
número total de habitantes, apenas 57% de Mulheres em idade adulta, sabiam ler
e escrever, Quanto às Mulheres, na faixa etária dos 45 aos 64 anos de idade,
apenas 40% sabiam ler e escrever. No grupo dos 35 aos 44 anos de idade, apenas
48% de Mulheres em idade adulta, sabiam ler e escrever.
Helena
Bonguela apresentou os factores que
levam a este desequilíbrio, chega-se a conclusão de que o fraco nível de alfabetização da Mulher
está ligado a determinadas variáveis, tais como: a fraca instrução associada ao
facto de grande parte das jovens Mulheres serem o suporte para os trabalhos
domésticos; empregos mal remunerados; a existência de um grande número de lares
monoparentais, entre outros.
para minimizar este desequilíbrio de género, a LIMA apela ao Executivo para que adopte políticas públicas que vão de encontro às necessidades reais dos angolanos, apoiando iniciativas e propostas de outras forças políticas e de parceiros sociais, que visam contribuir para o bem-estar de todos.
A LIMA propõe que os projectos de alfabetização existentes sejam efectivamente extensivos a todas as franjas da população.
Para
terminar, a LIMA reitera o seu compromisso na luta pela valorização e
dignificação da Mulher e deseja à todas as Mulheres do mundo, e em especial às
angolanas, um feliz Março Mulher.
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