É uma prática constante de burlas na venda de terrenos, os esbulhos, a expropriação violenta (sem negociação), as invasões de lavras e espaços das empresas privadas têm aumentado, em Luanda. Tornou-se, na verdade, uma prática comum o envolvimento de altas figuras do aparelho de Estado angolano na usurpação, invasão e ocupação ilegal de terrenos no país. Com principal destaque em Viana e Cacuaco. Depois da Empresa Avinova e Terra Verde terem feito várias denúncias de invasão e terem acusado Administração Municipal de Cacuaco estar envolvida na ocupação e invasão, este processo chega ao fim com um prejuízo avaliado em 5 milhões de dólares.
"Neste momento estamos a demolir casebres construídos de forma ilegal na reserva fundiária do Estado no Distrito Urbano do Sequele e na terça-feira (amanhã, 26 de Março), vamos de demolir os casebres dos invasores na empresa Avinova, disse, o director da Fiscalização Municipal de Cacuaco.
"Diante dos desafios da diversificação da Economia propostos pelo Governo, o sector em que estamos inseridos é considerado o sector bandeira, pelo facto do país estar a importar anualmente cerca de 400.000 toneladas de carne de frango, o que representa cerca de 500.000.000, 00 (Quinhentos milhões de dólares norte americanos), acrescendo os cerca de 300 posto de trabalho directos, e mais de 1000 postos indirectos que temos a disposição do mercado acrescendo ao facto de estarmos a perder diariamente mais de 20.000.000,00 de kzs, com a fazenda sem produção, estando dessa forma o Estado a perder rendas provenientes das nossas vendas e compras.
"A Avinova é um empreendimento avícola, S.A., é uma
empresa de direito angolano, constituída á luz do investimento privado, é uma
fazenda avícola semi integrada, composta por incubadora com a capacidade de
incubar 98.000 ovos num ciclo de 21 dias, fábrica de rações com a capacidade de
produção diária de cerca de 37 toneladas de ração, 4 aviários para produção de
carne de frango com a capacidade 25.000 aves cada um, totalizando 100.000 aves
por ciclo, três aviários para produção de ovos com a capacidade de 27.800 aves
cada um, totalizando 83.400 aves, produzindo 1.000.000,00 de ovos mês, e um a
batedouro de aves com a capacidade de abate de 5 toneladas de carne de frango
dia.
Acrescenta que, "As histórias de invasão e ocupação ilegal de terrenos, são típicas no país, pois grupos organizados ou mesmo uma associação criminosa chegam a invadir quintas e projectos. É de choramingar o que estamos a viver. Não está fácil a acompanhar com preocupação "a invasão do nosso espaço, não estando fácil a sua recuperação, porquanto todos os dias surgem novas barracas e casas. Mas, esta semana tomamos a iniciativa de enfrentar os invasores reforçando os seguranças porque estamos a viver momentos de muita tensão, os invasores têm estado a chegar até aos escritórios com facas e catanas e outros objectos contundentes ameaçar o pessoal ligado a segurança, criando caos no interior da fazenda.
Fomos obrigados a recorrer novamente a polícia, aproveito aqui lamentar a situação que ocorreu sobre um dos invasores que se surgiu ao agente com agressividade e no "puxa a puxa" levou um tiro, acabando por perder a vida no hospital. É de lamentar essa situação e desejar os pêsames a família. E lança grandes críticas Administração Municipal de Cacuaco.
A administração municipal de Cacuaco antes a gravidade da situação não "muge nem tuge", mas muitos dos seus agentes , agem na calada da noite como ratos: mordem e sopram, mas não resolvem nada, pelo contrário agitam, como que solicitando o derramamento de sangue.
De recordar aqui o "Antes" era um assunto mesquinho para o Administrador Municipal de Cacuaco, Auxílio Jacob. Hoje é grande por morrer alguém. Aqui recordamos as palavras do Administrador Municipal de Cacuaco:
"Como jornalista, acha mesmo ser possível isto acontecer? Acha que este assunto mesquinho desprovido de lógica é verdade e merece algum contraditório? Caro jornalista, se quisermos construir um país sério democrático e inclusivo, temos que aprender a respeitar as regras e as leis. Se alguém tiver algum património cedido pelo Estado é responsabilidade sua tomar conta do seu património. O Estado não combate a invasão de terrenos, não incentiva ocupações ilegais, por esta razão quem vê os seus direitos violados, deve fazer participação a PGR, ao SIC, aos Tribunais", respondeu, o Administrador Municipal, esquecendo-se, ser competência do Executivo e respectivos orgãos dirimir conflitos entre cidadãos, quando em causa está a interpretação de normas e procedimentos administrativos, como a concessão provisória de terrenos.
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