O Bureau Político do Comité Central do MPLA tem acompanhado o processo negocial entre o Executivo e as centrais sindicais e por isso, tomou conhecimento com preocupação da declaração de greve geral proferida pelas centrais sindicais.
O MPLA promoveu em 1991, ainda através da Assembleia do Povo a aprovação da Lei n.º 23/91 de 15 de Junho, lei da greve por entender a essencialidade deste direito para os trabalhadores e para a construção do Estado democrático de direito que temos vindo a construir com o esforço abnegado de todas as angolanas e angolanos.
O MPLA compreende e solidariza-se com as reivindicações dos trabalhadores, entretanto, compreende também a necessidade de harmonizar e equilibra-las com a sustentabilidade das empresas e das famílias. As revindicações dos trabalhadores, por mais legítimas que sejam, não podem impor risco a solvabilidade das contas públicas, nem colocar as empresas e as famílias numa situação que as impossibilite de pagar salários, o que redundaria num clima de desemprego generalizado.
O Bureau Político do Comité Central do MPLA exorta, assim as centrais sindicais a privilegiarem o diálogo como forma de resolução dos pontos divergentes do caderno reivindicativo, voltando para o efeito a mesa de negociações. Exorta por outro lado, ao cumprimento escrupuloso da prestação dos serviços mínimos as populações nos exatos termos da lei, enquanto decorrer a greve.
O Bureau Político do Comité Central do MPLA exorta, outrossim, o Executivo a manter a postura de dialogo que vem manifestando, no sentido de serem encontradas as melhores soluções e que satisfaçam os interesses das partes, colocando sempre em primeiro lugar o interesse público.
Apelamos a todos os angolanos e manter a calma e a serenidade, cientes de que o bom senso prevalecerá. Que este momento desafiador seja uma soberana oportunidade para o fortalecimento dos laços entre o Executivo e as centrais sindicais, visando um futuro prospero e harmonioso para todos os angolanos. Angola vencerá.
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