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Arrogância e infração no palácio da mutamba

Diferente dos seus antecessores, o actual inquilino do palácio da Mutamba mergulhou no mar de fantasias governativa, em meio a lives, vídeos, fotografias e aparições públicas, num visível cumprimento de agenda meramente paliativa. Com esforçados sorrisos nos círculos por onde passa, Manuel Homem revestiu-se da enganosa ideia de ter a fórmula para solucionar os incontáveis problemas que circundam a província de Luanda, e faz desse pensamento o seu cavalo de Tróia.


Em meio a sorte de no seu consulado Luanda beneficiar de chorudos investimentos públicos, por iniciativa do Presidente da República, com o objectivo de melhorar a imagem da capital, o também engenheiro informático desfila e arroga-se por onde quer que passa, como se da sua teta estivessem a sair todos os recursos para as várias empreitadas em execução e por executar na capital do país. 

Sem referenciar o Presidente da República nas suas intervenções, o jovem de Cabinda embarcou numa discreta campanha de elevação da sua própria imagem, pelo que se diz em alguns círculos ser ele o putativo sucessor de João Lourenço.

 O também conhecido “armado que sabe tudo”, quer seja nas vestes de Governador ou de número um dos camaradas em Luanda, intimida tudo e todos e joga para baixo qualquer um que se atreve em caminhar sem a sua dependência total, tendo montado uma equipa digital a sua volta, fadada ao golpe baixo a quem ousa emitir opinião contrária.

 Sepor um lado vemos a província de Luanda a ganhar, de forma gradual, uma imagem mais atrativa, por força das obras agregadas ao Novo Aeroporto Internacional de Luanda e outras enquadradas no pacote especial, bem como as extraordinárias aprovadas directamente pelo Presidente da República, como foi recentemente o caso das vias do Projecto Nova Vida; por outro lado vemos um Governador “showista”, cujas acções por si desenvolvidas não passam de meras cosméticas, como foi o caso da ida à rua da Dira, no Zango-III, que não retirou nem acrescentou absolutamente nada ao local, com o azar de, poucos dias depois, voltar a morrer crianças no rio Zango, das bombas só Zango-II às imediações da Coca-Cola.

 Numasó palavra, a imagem que Manuel Homem está a passar aos citadinos, com a estratégia de "Futuro Homem", ficou montada com o suporte da "sua mentora portuguesa" – a tal dita que foi à Vila-Alice, no Comité do MPLA em Luanda, proferir uma palestra nitidamente contra o MPLA e contra o Presidente João Lourenço, aos quais atribuiu a culpa pela desgraça do Povo angolano.

 Vergonhosoé ver uma portuguesa sem estrutura, que em 1975 teve que ir embora, mas que agora foi chamada por Manuel Homem para orientar a sua campanha rumo ao Palácio da Cidade Alta.

 O grave aqui é não haver ganhos directos para o MPLA e seu Líder, João Lourenço, mas sim e só para Manuel Homem, que fazendo recurso aos cargos que desempenha, ruma agora a velocidade do cruzeiro para futuro Presidente da República. 

 Estáclaro a falsidade e a exposição de uma pessoas que quando experimenta o exercício do poder sonha mais do que a sorte que em algum momento visitou-lhe, e tornou-o no que é hoje. E assim caminha Luanda com Manuel que se arroga ser o Homem.

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