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Tenente coronel das FAA diz que autoridades planeiam a sua eliminação física

 As autoridades angolanas emitiram nos últimos dias, um mandado de detenção contra o Tenente Coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), Daniel Afonso Neto, director-geral da empresa “Konda Marta”, que reclama a titularidade de vários hectares de terrenos em disputa com supostas altas patentes da Polícia Nacional e das FAA, na zona do “11 de Novembro”, município do Talatona , em Luanda.

Segundo fontes do portal O Decreto, o mandado de captura foi emitido pelo Procurador junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), pelo que, adianta a fonte, a qualquer momento poderá ser detido o empresário e porta-voz das camponesas no Distrito Urbano da Cidade Universitária (Camama).

Em causa está à disputa de parcelas de terras, que a “Sociedade Konda Marta” alega ser sua propriedade, facto que tem sido contrariado por oficiais superiores da Polícia Nacional, com maior enfoque, segundo os denunciantes para o antigo comandante municipal de Talatona, Joaquim do Rosário, do comandante da Região Militar de Luanda (RML), tenente general Rui Fernandes, do comandante provincial de Luanda, Francisco Ribas, bem como do antigo secretário de Estado do Urbanismo e Habitação Manuel Pimentel, do ex-administrador do Talatona, Rui Josefo Duarte, do actual ministro do Interior, Eugénio Laborinho e outras figurantes bem posicionadas no aparelho do Estado angolano.

“Ele tem mandado de detenção, só não sei o porquê da demora”, salientou a fonte que temos vindo a citar, revelando que “ele (Daniel Neto) vai à busca de senhoras nos kwanzas, para dizer que são camponesas”, denunciou.

Plano para a sua execução

O porta-voz de mais de quinhentas camponesas que disputam as terras do “11 de Novembro”, em Luanda, denunciou num vídeo enviado ao portal O Decreto (já publicado), a existência de um suposto plano para a sua eliminação física por parte do SIC e serviços secretos.

Daniel Neto sublinhou que, depois de ter escapado, em 2023, uma tentativa de assassinato no dia 25 Dezembro, conforme tinha noticiado este portal, no dia 15 de Fevereiro deste ano, “isto na passada quinta-feira, o senhor ministro do Interior Eugénio César Laborinho, tal como já havia feito”, segundo o denunciante, “ordenou a detenção ou mesmo a minha eliminação física com a garantia de serem promovidos os efectivos que estiverem envolvidos na operação”.

“O senhor ministro orientou aos polícias da ordem pública a localizarem o senhor Daniel Neto para depois ser executado, e como recompensa serão promovidos inspetores, intendentes e superintendente-chefe”, denunciou o oficial das FAA, acrescentando que “neste encontro de quinta-feira passada, 15, foram financiados vários motoqueiros para assassinar o diretor-geral da sociedade Koda Marta”.

Disse ainda que “na noite deste sábado, por volta das 22 horas, apareceram no terreno, seis homens armados não identificados, que se faziam transportar em três motorizadas, que ameaçaram as camponesas para que mostrassem onde se encontrava o director da empresa Konda Marta”.

De acordo com Daniel Neto, os homens “estranhos” no a raiar das senhoras, “procuraram saber do seu trajecto hora de saída e entrada, bem como o local mais frequentado”.

 

 

 

 

 

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