A informação correu célere, há dias, nas Redes Sociais: indivíduos “certos na vida errada (leia-se criminosos)” teriam tomado de assalto uma esquadra policial do Capipa, no bairro Rocha Pinto, em Luanda. Os assaltantes teriam tomado o referido posto policial à galhetas e pontapés. Seguidamente teriam encerrado os agentes da polícia que lá se encontravam numa das celas da esquadra. Depois de terem dado “rebuçados e chocolates” aos agentes da (des)ordem pública local, os delinquentes adonaram-se de várias armas de fogo e desapareceram nos becos e vielas da noite escura do Rocha Pinto.
O chefe de Departamento de comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional em Luanda, Nestor Goubel, veio a público alegadamente para repôr a verdade, dizendo que tal informação não corresponde à verdade. Ora, faz pouco tempo que Nestor Goubel “embarrigou” o País quando recentemente um oficial superior da Polícia Nacional atropelou mortalmente mais de cinco cidadãos nas imediações do mercado do São Paulo na capital angolana, depois de ter perdido o governo da viatura que conduzia.
Solícito, o superintendente Nestor Goubel veio a terreiro dizer que a viatura não estava a ser dirigida por oficial superior nenhum da Polícia Nacional. O azar nunca vem só. A Belita vem sempre atrás. Ou seja, foi o “azar da Belita”. As palavras de Nestor Goubel foram tempestivamente contraditadas pelas imagens veiculadas nas Redes Sociais de um oficial superior da Polícia Nacional responsável pelo acidente que vitimou várias pessoas, sob custódia de cidadãos que o apanharam em flagrante delito. Foi uma inverdade que, no momento, deu louros e flores a Nestor Goubel. O tempo transcorreu. Os factos foram compulsados. Conclusão: a mentira não deu frutos. Nem para Nestor Goubel e muito menos para imagem e réstia de credibilidade da Polícia Nacional.
A voz e o rosto do chefe de Departamento de comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional em Luanda viraram sinônimo de inverdade e risota. Nestor Goubel perdeu credibilidade e, em condições normais, nem na “República das Bananas” voltaria a falar fosse o que fosse em nome da Polícia Nacional. Depois de ter dito a “lorota” que disse com os seus trinta e dois dentes que tem na boca, a seriedade e serietude do superintendente Nestor Goubel e da própria Polícia Nacional sofreram um abalo telúrico que levarão muito tempo a serem recuperadas.
O putativo
desmentido de Nestor Goubel sobre o assalto à esquadra policial do Capipa, no
bairro Rocha Pinto, em Luanda, não desmente nada. É que quem mente uma vez,
como o fez, publicamente, Nestor Goubel, vai mentir sempre. Então que se
indique um novo rosto e voz para que se possa voltar a acreditar nas
informações veiculadas pela Polícia Nacional em Luanda, a menos que o seu
comandante desconheça o ditado segundo o qual “atrás da mentira, mentira vem
(sic!)”.
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