Quando Issa Diallo foi nomeado substituto de Meitre Beye, a ONU tinha proibido os contactos oficiais com a Direcção da UNITA, dando pretexto ao governo para lhe negar autorização de se deslocar ao Bailundo. O novo representante do Secretariado-Geral da ONU era um homem amarrado às resoluções da organização que representava e que se tinham transformado num instrumento de microgestão do processo de paz a partir de Nova Iorque.
Em Luanda, no quadro da estratégia de isolamento do Dr. Savimbi, o governo apadrinhou o surgimento da UNITA Renovada, liderada por Eugénio Ngolo "MANUVAKOLA" e Jorge Valentim, que apresentou como seu novo parceiro na implementação do Protocolo de Lusaka e substituiu os titulares dos mecanismos da sua implementação.
No dia 07 de Setembro, o governo exortou ainda a ONU no sentido de reconhecer a UNITA Renovada. Logo a seguir, foram suspensos todos os Deputados da UNITA à Assembleia Nacional assim como os membros do GURN, tendo sido reconduzidos apenas aqueles que fizeram prova de fidelidade à UNITA Renovada. O governo anunciou a cessação de todos os contactos com Bailundo e Andulo.Estava concretizada A DIMENSÃO POLÍTICA DO CERCO INTERNO,
ironicamente, a bifurcação do Partido, até então gerida pela Direcção, evoluiu
no sentido da cisão promovida pelo governo e facilitada pelas circunstâncias.
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