O Governo do Níger vai reforçar as Forças Armadas e acções contra o terrorismo com o apoio da Rússia, após a confirmação, ontem, da "intensificação" da cooperação militar entre os dois países, com o foco na região do Sahel, onde as actividades de grupos extremistas são muito intensas.
Os vice-ministros da
Defesa russos, Yunus-bek Evkurov e Alexander Fomin, reuniram-se com o ministro
da Defesa do Níger, Salifou Modi, na capital russa, à margem de uma visita do
Primeiro-Ministro nigerino, Ali Mahamane Lamine Zeine.
Os dois países
"concordaram em intensificar as acções conjuntas para estabilizar a
situação" no Níger e "aumentar a prontidão de combate das forças
armadas" deste país, lê-se na nota.
Moscovo procurou
durante anos reforçar a sua influência em África em detrimento do Ocidente, mas
a sua estratégia foi posta em causa pela rebelião do grupo paramilitar Wagner
em Junho de 2023.
Uma delegação russa
visitou Niamey em Dezembro último para conversações com os militares que
tomaram o poder através de um golpe de Estado a 26 de Julho. Na ocasião, foram
assinados acordos sobre o reforço da cooperação militar.
A diplomacia russa
está numa posição favorável no Níger, numa altura em que a França, um aliado
privilegiado do regime deposto, se tornou o alvo das novas autoridades, que
denunciaram os acordos de cooperação militar e obtiveram a partida dos seus
1.500 soldados destacados neste país assolado pela violência extremista
islâmica.
As novas autoridades
do Níger anunciaram o fim das duas missões de segurança da UE no seu
território, no momento em que recebiam a delegação russa.
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