"O que está a acontecer na Faixa de Gaza é uma catástrofe", disse o Chefe do Kremlin na conferência de imprensa de fim de ano, citado pela agência espanhola EFE. Putin disse que "toda a gente" pode verificar a diferença entre a "operação militar especial" (designação oficial russa da invasão de 24 de Fevereiro de 2022) na Ucrânia e o que está a acontecer em Gaza, refere o Notícias ao Minuto.
"Não está a acontecer nada de semelhante na
Ucrânia", afirmou, sobre a guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano
Hamas em curso desde 07 de Outubro.
Putin recordou mesmo que o Secretário-Geral da ONU,
António Guterres, afirmou que a Faixa de Gaza era o maior cemitério de crianças
do mundo. "Esta avaliação é objectiva, o que se pode dizer",
acrescentou.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de Fevereiro de 2022,
desencadeando um conflito que em quase dois anos destruiu muitas cidades e
infra-estruturas do segundo maior país da Europa, depois da Federação Russa.
Desconhece-se o número exacto de baixas na Ucrânia, um
país com mais de 43 milhões de habitantes, mas a ONU confirmou a morte de pelo
10.000 civis até Novembro.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um
ataque sem precedentes do Hamas em Israel, que matou 1.200 pessoas. Em
retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e
terrestre que provocou um elevado nível de destruição de infra-estruturas na
Faixa de Gaza, um pequeno território com 2,3 milhões de habitantes.
A ofensiva israelita matou 18.600 pessoas na Faixa de
Gaza, segundo os números mais recentes divulgados pelo Hamas, que controla o
enclave palestiniano desde 2007 e é considerado um grupo terrorista por Israel.
O Presidente Vladimir Putin referiu, também, que a
Rússia se ofereceu para enviar um hospital de campanha para a Faixa de Gaza,
hipótese que disse ter sido descartada pelo Primeiro-Ministro israelita,
Benjamin Netanyahu, alegando que era inseguro.
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