Há 58 anos que o MPLA governa Angola e os angolanos sem nenhuma legitimidade popular. Usa todo tipo de manipulação para a manutenção do poder. Foi assim durante a Guerra colonial, depois dos Acordos de Alvor, durante a Guerra pós-colonial, Guerra Civil e tem sido assim depois do Entendimento do Luena aos dias de hoje.
Desde a sua fundação que o MPLA se tem especializado na manipulação dos angolanos, ganhando com isso a tolerância da aceitação de tudo quanto tem dito ao longo desses anos, como: Viriato da Cruz, Matias Miguéis, Chipenda, Pinto de Andrade, Nito Alves e seus companheiros, os golpistas do 27 de Maio (como são tratados), os membros e simpatizantes da UNITA mortos no genocídio eleitoral de 1992, os bakongos mortos na Sexta-feira Sangrenta, Nfulupinga Lando Victór e os “Kalupetekas”, Jonas Malheiro Savimbi e agora José Eduardo dos Santos, os massacrados de Kafunfu e tantos outros eram inimigos de Angola.Infelizmente, o pior disto tudo é dos angolanos, sempre tolerantes, terem
permitido que o Estado de Angola fosse capturado por um grupo de lumpens do
MPLA que transformaram o país mum Estado narcotráfico e de corrupção
generalizada, com funcionários públicos, policiais e até mesmo altos
funcionários do governo recebendo subornos ou se envolvendo directamente no
tráfico de drogas e órgãos humanos.
Durante as guerras que ocorreram em Angola, apenas sairam favorecidos uma
parte insignificante de dirigentes do MPLA. A maioria dos angolanos pagou um
preço muito alto com suas vidas, outros vendo seus parentes e amigos a morrerem
e a serem mortos. Angola tem de enterrar esta página que os lumpens do MPLA
teimam em colocar na agenda permanente da manipulação política.
Se querem ouvir verdades e não aquelas mentiras que a TPA anda a propalar,
então vai se recordar ao Senhor Miala sobre o caso da Fátima Martins, pura
benguelense, filha de um português com uma nativa quitandeira de peixe em
Benguela. Ela foi morta em 1977 pela DISA com seus 5 filhos de entre eles uma
bebe de menos de um ano de idade. O Senhor Miala Traga também as ossadas desses
angolanos que o MPLA matou.
A Fátima Martins era esposa do Dias que cresceu na Casa dos Gaiatos de
Benguela. Em 1974, Dias aderiu a UNITA, tendo militado na JURA. Com a invasão
soviético-cubana em 1976 Dias saiu de Angola e deixou Fátima Martins e seus 5
filhos que foram mortos apenas por ela ter sido encontrada com a Bandeira da
UNITA.
A reconciliação é curar feridas e não esventra-las como o faz o MPLA que
todos os dias se afunda como interlocutor válido para governar Angola e os
angolanos.
Angola tem questões muito mais profundas por resolver, para se salvarem
vidas que hoje clamam por melhor governação. Porque a construção do Estado
Africano de Angola pós-colonial com o MPLA está errada. Não teve em
consideração o contexto pré-colonial e colonial em função das seguintes razões:
1. A razão política: O Estado pré-colonial e colonial em Angola andaram
juntos até 1975. O modelo de Estado adoptado depois da independência é o modelo
colonial, daí as distorções políticas, económicas, sociais e culturais que
Angola enfrenta.
2. A razão da continuidade Cultural e Identidade: O Estado africano
pré-colonial de Angola tinha e ainda tem sociedades complexas, com línguas,
tradições, sistemas de governo e estruturas sociais únicas. Ignorar esse legado
tem resultado na perda da identidade cultural e na descontinuidade de práticas
fundamentais importantes.
3. A razão do respeito à Diversidade Étnica: Angola é um país africano
etnicamente diverso, com diferentes grupos étnicos historicamente vivendo lado
a lado. O Estado pós-colonial de Angola deve reconhecer e respeitar essa
diversidade para evitar conflitos étnicos e promover a coesão política,
económica, social e cultural.
4. A razão da herança Política e Administrativa: Algumas estruturas políticas e
administrativas estabelecidas durante o período colonial foram baseadas em
divisões arbitrárias de fronteiras e sistemas administrativos que não levaram
em consideração as realidades políticas, económicas, sociais, étnicas e
culturais locais. Ao considerar o legado pré-colonial e colonial, o Estado de
Angola pós-colonial deve buscar formas de reintegrar ou adaptar muitos desses
elementos históricos em suas estruturas modernas.
5. A razão da legitimidade e do Governo Representativo e Participativo: Muitas
comunidades angolanas historicamente tinham seus próprios sistemas de governo e
autoridade. Incorporar elementos desses sistemas no Estado pós-colonial pode
promover novas formas de governança mais inclusiva e participativa, aumentando
a legitimidade do governo aos olhos do povo.
6. A razão dos desafios Económicos e Sociais: Durante o período colonial, a
economia angolana muitas vezes foi moldada para atender aos interesses
coloniais, levando a desequilíbrios e dependência de sectores específicos.
Considerar a herança económica pré-colonial pode ajudar o Estado a desenvolver
estratégias mais equitativas e sustentáveis.
7. A razão da reconciliação Nacional: Em Angola, houve conflitos violentos
durante a colonização, a descolonização ou imediatamente após. Compreender e
abordar as causas profundas desses conflitos, muitas vezes relacionadas a
questões pré-coloniais e coloniais, é crucial para a verdadeira reconciliação e
estabilidade a longo prazo.
Estes e outros assuntos devem ser as prioridades a agendar e não as opções
da permanente conflitualidade como tem sido prática do MPLA desde sua criação.
Reconhecer e levar em consideração tanto o legado pré-colonial quanto o
colonial é vital para a construção do Estado africano de Angola pós-colonial
para que seja culturalmente sensível, socialmente justo e politicamente
estável. Isso requer um diálogo aberto, inclusivo e respeitoso com todos
angolanos para garantir que as políticas e as instituições reflictam as
necessidades e aspirações do povo.

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