Angola precisa de 300 mil dadores voluntários que possam doar sangue pelo menos duas vezes por ano, revelou, domingo, em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública.
Carlos Pinto de Sousa falava na abertura da campanha de doação de sangue denominada "Havemos de voltar”, realizada no Hospital Josina Machel -Maria Pia, no âmbito do Dia Mundial da Solidariedade Humana, que se assinala quarta-feira.O secretário de Estado para a Saúde Pública, que
orientou o acto em representação da ministra Sílvia Lutucuta, explicou que, ano
passado, Angola tinha, aproximadamente, 170 mil dadores de sangue, dos quais 88
por cento familiares.
Segundo Carlos Pinto de Sousa, para se evitar a
ruptura de stock, o Instituto Nacional de Sangue (INS) conta com o apoio de
parceiros de organizações juvenis, igrejas, instituições de ensino, empresas,
activistas, dadores voluntários e familiares, embaixadas e associações.
Para o secretário de Estado para a Saúde Pública, a
doação de sangue é um acto de amor e solidariedade praticado por pessoas de bem
e saudáveis, para coadjuvar os governos em todo o mundo a suprir as
necessidades de doentes que precisam de transfusão.
Em Angola, disse Carlos Pinto de Sousa, a doação
voluntária ainda está muito longe de satisfazer as necessidades, tendo em conta
que a Organização Mundial da Saúde recomenda que um por cento da população deve
ser dadora voluntária de sangue.
O secretário de Estado para a Saúde Pública felicitou
o Conselho Provincial da Juventude pela participação em campanhas de doação de
sangue.
Carlos Pinto de Sousa felicitou, também, a parceria entre a Fundação Sagrada Esperança e o Conselho Provincial da Juventude de Luanda, apelando para uma longa duração com o intuito de salvar vidas.
Josina Machel
A doação de sangue é um acto de amor ao próximo,
defendeu, ontem, o director-geral do Hospital Josina Machel, Carlos Zeca,
durante a intervenção de boas-vindas aos participantes à campanha "Havemos
de voltar”.
"Esta é uma iniciativa de grande valor humanista,
assente na valorização e salvação de vidas humanas”, declarou o
médico.
Para Carlos Zeca, o sangue doado pelo grupo de jovens
mobilizados pelo Conselho Provincial da Juventude servirá para minimizar as
dificuldades que se têm registado em cirurgias de urgência e de rotina no
Hospital Josina Machel.
De acordo com o programa da campanha, os 400 jovens
mobilizados pelo Conselho Provincial da Juventude para a doação de sangue foram
repartidos entre o Hospital Geral de Luanda (100), Josina Machel (100) Hospital
Pediátrico David Bernardino (100) e Maternidade Lucrécia Paim (100).
Segundo os requisitos, para a doação de sangue o
indivíduo tem de ter idade entre 18 e 60 anos, peso igual ou superior a 50
quilos e hábitos de vida saudáveis.
Antes da doação de sangue, acrescentou, é efectuada
uma triagem clínica, onde são esclarecidas todas as dúvidas.
O Dia Mundial da Solidariedade Humana foi implementado
pelas Nações Unidas, em 2005, com o objectivo de reconhecer o valor universal
da solidariedade e incentivar os Estados membros a formular e partilhar
estratégias de redução da pobreza a nível mundial.

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