O evento, realizado no Auditório da Extensão da Universidade Católica de Angola, decorreu sob o lema "Sou católica, exerço a política – minha experiência e testemunho” e serviu de um olhar sobre o conhecimento de mulheres da igreja, que emprestam e humanizam o poder político em Angola e no exterior do país.
Ao justificar a iniciativa, o director nacional do
Secretariado do Apostolado dos Leigos da Conferência Episcopal de Angola e São
Tomé e Príncipe (CEAST), Sebastião Panzo, referiu que, enquanto leigos, esperam
criar uma consistência na reflexão do posicionamento como oradores na
sociedade, para questões do bem comum.
Segundo o também padre católico, a igreja é um
processo de fé contínuo que a cada ano aborda uma nova temática para reflexão,
tendo sublinhado que a conferência agrega a génesis de desenvolvimento do
cidadão na política angolana, nos aspectos sobre a sacralidade.
De acordo, ainda, com Sebastião Panzo, existem
questões "chave” que a igreja defende e decorre da doutrina social, como a
dignidade pessoal, tendo destacado que todos devem defender que o homem foi
criado à imagem e semelhança de Deus.
"Enquanto leigos, defendemos que o bem comum deve
ser preservado independentemente dos cargos políticos. A exigência é maior e é
onde se resolvem os dossiers dos problemas da sociedade. O pobre deve ser
ouvido e não pode ser colocado de parte por causa das suas convicções ou do seu
posicionamento. Na sociedade, todos têm direito de escolher e opinar”, disse.
Para a membro do Comité Central do MPLA Cândida
Celeste da Silva é fácil evangelizar a política, porque todo o evangelista deve
participar nas actividades políticas, "saber criticar e fazer, para que
levem no lado mais social, com sentimento”, referiu.
Cândida Celeste da Silva revelou ser leiga da Igreja
Católica, salientando os desafios que enfrentou na política ao ter conseguido
conciliar a vida religiosa, social, pessoal e compreender as políticas do
Estado. Por seu lado, a deputada do MPLA Ângela Bragança frisou que cresceu num
ambiente em que a disciplina, princípios e os valores sempre foram a base da
convivência. Ângela Bragança sublinhou que a igreja foi o pilar que alicerçou a
sua vivência com as comunidades carentes e a inspirou para abraçar a carreira
política.
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