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Afastamento de ministro antecipada por suspeitas de corrupção


O Ministro da Economia e Planeamento de Angola Mário Caetano João, foi afastado do governo após denúncias de irregularidades na gestão do ministério. Segundo apurou o Club-K, Caetano João estava a ser monitorizado por suspeitas de corrupção desde algum tempo.

Entre as irregularidades apontadas estão a contratação de empresas de familiares da esposa do ministro para prestar serviços ao ministério, a compra de viaturas simulando concurso público limitado e a apropriação de fundos públicos.

A exoneração de Mário Caetano João do cargo de Ministro da Economia e Planeamento, estava prevista para Janeiro de 2024, mas teve que ser acelerada em função de novos cenários que se julgou incompatíveis com a sua função, precipitando a sua saída.

Desde que José de Lima Massano passou a ocupar a pasta de ministro de Estado para a Coordenação Económica, o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, recebeu dois pedidos do mesmo para afastar Mário Caetano João e Vera Daves de Sousa das finanças, mas que foram objetados.

Lourenço terá considerado um terceiro pedido para o afastamento de Mário Caetano João, mas isso estava previsto para janeiro do próximo ano. O afastamento seria feito num cenário de reestruturação de algumas pastas governamentais, na qual o actual ministério da economia e planeamento se juntaria com a do comércio, que desde julho passado passou a ser assumida pelo antigo vice-governador do BNA, Rui Mingues de Oliveira, que fora proposto por José de Lima Massano. Com este cenário, Mário Caetano deixaria automaticamente o governo. A parte do planeamento voltaria no formato anterior ao tempo da ministra Ana Dias Lourenço, passando a ter a futura designação de “ministério de planeamento e desenvolvimento territorial”.

De acordo com a proposta de alteração da estrutura orgânica do governo, o futuro e “super” ministério da economia (MINEC), irá agregar as áreas da economia, comercio, indústria e turismo. A APIEX, passara a ser superintendido pelo novo ministério.

Surpreendendo a todos, Lourenço não esperou mais por Janeiro, e decidiu afastar Mário Caetano e nomeando para seu lugar alguém que não foi proposta ou sugestão de José de Lima Massano, mas sim, um quadro do seu gabinete, Victor Hugo Guilherme.

Apesar de o governo não ter apresentado uma justificativa oficial sobre a saída de Mário Caetano antes de janeiro, fontes do Club-K, aludem que um monitoramento interno dava conta que o governante estava numa situação que requeria a intervenção ao mais alto nível e com risco de episódios internos virem a público.

Mário Caetano João, estava a perder o controle em práticas de inserção de empresas de familiares da esposa, residentes no bairro Terra Nova em Luanda, como prestadoras de serviços no ministério. Procedia à compra de viaturas para o ministério simulando concurso público limitado, mas as empresas selecionadas traziam nas faturas terminais de telefones pertencentes às secretarias do seu gabinete, o que levava à conclusão de que eram empresas de fachadas usadas pelo mesmo.

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