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UNITA tenta inviabilizar tomada de posse dos comissários nacionais da CNE

 O Grupo Parlamentar da UNITA informou, nesta quarta-feira, 16 de Julho, por meio de uma Nota de Imprensa, que deu entrada de uma providência cautelar junto do Tribunal Constitucional, com o objectivo de suspender o acto de tomada de posse dos comissários nacionais eleitorais, previsto para ocorrer na sessão plenária da Assembleia Nacional, agendada para o dia 17 do corrente mês.

Segundo a UNITA, esta providência surge no seguimento dos trâmites legais ainda em curso no Tribunal Constitucional, relativamente ao recurso de apelação interposto contra o Acórdão n.º 994/2025, o qual indeferiu a acção principal de impugnação da resolução da Assembleia Nacional que aprovou a nova composição da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

O Grupo Parlamentar informa ainda que, no passado dia 3 de Julho do corrente ano, a Veneranda Juíza Conselheira Presidente do Tribunal Constitucional remeteu uma notificação ao Grupo Parlamentar da UNITA, na qual indeferia o recurso de apelação submetido ao Plenário daquele órgão. Para a UNITA, esta decisão representa uma clara violação da Constituição e do Código de Processo Civil, nomeadamente o n.º 2 do artigo 700.º, que retira à Juíza Presidente a competência para decidir sobre tal matéria, sendo esta exclusiva do Juiz Relator, conforme o n.º 1 do mesmo artigo.

Com base nestes fundamentos, e considerando que o processo ainda se encontra inconclusivo, bem como por entender que a resolução da Assembleia Nacional viola os princípios do Estado Democrático e de Direito, assente no primado da legalidade, a UNITA informa que reenviou o recurso de apelação e interpôs a providência cautelar, na véspera da realização da 7.ª Sessão Plenária Ordinária, onde se prevê a tomada de posse dos comissários da CNE resultantes da resolução contestada.

O Grupo Parlamentar da UNITA insta os Juízes do Tribunal Constitucional a actuarem com base na Constituição, na doutrina e na jurisprudência, e não em defesa de interesses de grupos que, segundo refere, colocam em causa a justeza, transparência, lisura e credibilidade da administração dos processos eleitorais, podendo, por consequência, comprometer o futuro do país, adiado há já 50 anos.

Por fim, a UNITA reitera a sua determinação na defesa do Estado Democrático de Direito, da justiça e da transparência das instituições e das leis, ao serviço de Angola e dos angolanos.

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