O Grupo Parlamentar da UNITA denunciou neste sábado a agressão sofrida pelo deputado Jeremias Mahula, durante uma manifestação pacífica organizada por movimentos da sociedade civil, em Luanda. Em nota oficial, o grupo classificou o ato como um atentado à vida, à integridade física e à dignidade do parlamentar, exigindo que as autoridades competentes responsabilizem os autores da agressão e reparem os danos causados.
Segundo a UNITA, o deputado encontrava-se no local no pleno exercício das suas funções e devidamente identificado como membro do Parlamento, participando da manifestação em solidariedade às reivindicações da população contra o aumento do preço do gasóleo, dos transportes públicos e das propinas escolares.
A nota acusa o regime de violar a Constituição ao permitir que a Polícia Nacional agisse com violência desproporcional contra manifestantes pacíficos e desarmados. O grupo parlamentar afirma que a atuação policial resultou em detenções arbitrárias e dezenas de feridos, o que considera uma tentativa de silenciar o exercício dos direitos fundamentais dos cidadãos.
“A Polícia Nacional deve garantir a segurança dos cidadãos e não servir de instrumento de agendas políticas partidárias”, lê-se no documento.
A UNITA considera a repressão um sinal preocupante de deriva autoritária e reafirma que continuará a lutar pela construção de um Estado Democrático de Direito. Exige ainda que o Estado repare os danos físicos, morais e materiais sofridos pelas vítimas da repressão.
Em tom de firmeza, o Grupo Parlamentar declarou a sua solidariedade aos
manifestantes e organizadores e reforçou o compromisso com uma sociedade mais
justa, livre e democrática.
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