Os comediantes Gilmário Vemba (Angola), Murilo Couto (Brasil) e Hugo Sousa (Portugal) foram impedidos de entrar em Moçambique no domingo, 20 de Julho, após desembarcarem no Aeroporto Internacional de Maputo. Os artistas faziam parte do grupo “Tons de Comédia” e estavam prestes a apresentar um espectáculo no Centro Cultural Moçambique-China.
Segundo o Serviço Nacional de Migração (Senami), os humoristas portavam vistos de turismo, quando deveriam ter solicitado vistos apropriados para actividade cultural remunerada, além de uma credencial do Ministério da Cultura. Em função dessa irregularidade documental, as autoridades recusaram a entrada dos artistas, que foram retidos no aeroporto e posteriormente reembarcados.
O incidente gerou repercussão nas redes sociais e meios de comunicação, após o
assessor político Dinis Tivane, aliado do opositor moçambicano Venâncio
Mondlane, alegar que Gilmário foi barrado por motivos políticos. O humorista
havia se encontrado com Mondlane dias antes, em Lisboa, onde expressou
solidariedade à sua causa e à expressão popular “Anamalala”, símbolo de
protestos pós-eleitorais.
O agente dos artistas, Pedro Gonçalves, da produtora Showtime, confirmou o
cancelamento do evento e garantiu o reembolso total dos bilhetes vendidos.
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