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ACJ já mentiu à Unita, não podemos permitir que minta ao País

A nossa maior preocupação reside na forma como muitos angolanos de boa-fé têm sido levados pela retórica enganosa do presidente do meu partido, Adalberto Costa Júnior.  É previsível alguns tentarem distorcer esta denúncia, acusando-nos de violar os princípios do Partido ou como já é de hábito colar-nos ao MPLA. Mas deixemo-nos de artifícios: a verdade é que a moralidade dentro da UNITA há muito que desapareceu.

Por: Filipe Mendonça

O compromisso com os princípios fundadores do nosso glorioso Partido foi traído por alguém que se apresentou como defensor da liberdade e da democracia, mas que se revelou um autoritário e mentiroso compulsivo.

A título ilustrativo, vejamos algumas das principais promessas que sustentaram a campanha para a sua eleição e que se revelaram meras falácias: 1. Unidade e coesão interna do Partido. Logo após ser eleito, ACJ rasgou a lista dos membros da Comissão Política democraticamente eleitos nas conferências preparatórias do XIII° Congresso ordinário substituindo-os por figuras da sua conveniência, numa clara violação dos documentos reitores do Partido. Isolou, suspendeu e expulsou quadros valorosos apenas por defenderem a linha política e ideológica da UNITA. 2. Construção do Centro de Estudos Comandante Kapessi Kafundanga. Nada foi feito. Nenhuma pedra foi lançada. A razão? ACJ nunca teve compromisso com a essência da UNITA porque a desconhece. Esteve sempre próximo do MPLA e serviçal dos generais Kopelipa, Dino e da família dos Santos. 3. Fundação Jonas Malheiro Savimbi.

Apesar de ter indicado o presidente Samakuva para acompanhar a legalização da Fundação, sabotou o processo assim que este começou a avançar, com o apoio da família Savimbi. Caluniou e atacou os que ousaram dar continuidade ao legado do Fundador. 4. Adaptação política ao novo contexto demográfico. Alargou a Comissão Política de 250 membros efectivos para 351, o que seria normal, não fosse o facto de a ter enchido com desconhecidos, com o claro propósito de diluir a identidade da UNITA. Como já advertira o General Higino Carneiro em entrevista à LAC, isso fazia parte de uma estratégia concertada com os "marimbondos". Deixar as ideias da Jamba e esquecer Muangay". Fim de citação do General Higino Carneiro. 5.

 Reforço do Secretariado Geral. Na prática, o Secretariado Geral foi negligenciado. A LIMA e a JURA estão inoperantes por falta de apoios. Os seus líderes limitam-se a actuar nas redes sociais, longe do contacto real com as comunidades. 6. Estabilização administrativa e financeira. Prometeu subsídios mensais aos quadros. Nada foi cumprido. Pelo contrário, os vencimentos herdados da liderança anterior sofreram cortes na ordem dos 40%. Quadros que ganhavam 100.000 Kz passaram a receber 60.000 Kz por trimestre. 7. Condições dignas de trabalho nas estruturas partidárias. Comités encerrados por falta de pagamento. Os poucos que restam funcionam em condições deploráveis, sem meios, sem dignidade, longe da promessa de viaturas, computadores e uma imagem NÃO condizente com a grandeza da UNITA. 8.

Recuperação e ampliação do património do Partido. A estratégia de confronto sistemático com o governo impossibilitou o diálogo institucional necessário para recuperar o património confiscado. Quanto à ampliação, destaca-se apenas um Centro de Imprensa inacabado e uma gráfica limitada e insuficiente. 9.

Reinserção dos ex-militares e apoio aos seus dependentes. O último esforço sério nesse sentido foi feito em 2018, sob liderança do Presidente Samakuva. Desde então, reina o abandono.

 Falta diálogo com as autoridades competentes. Ex-combatentes vivem na miséria e morrem no esquecimento. 10. Mobilização proactiva para o desenvolvimento comunitário. O dinamismo que vemos em várias aldeias do interior, no Bié, Huambo, Huila, Benguela, Cuanza-Sul — é fruto da disciplina aprendida durante a guerra, não da liderança de ACJ.

Hoje, muitos ex-combatentes lideram cooperativas agrícolas e impulsionam a economia local, sem qualquer apoio institucional do Partido. Caros compatriotas, Adalberto Costa Júnior falhou como líder da UNITA. O seu objectivo nunca foi servir o Partido ou o país, mas sim interesses estranhos à organização e a Angola. Enquanto os comités fecham por falta de pagamento das rendas e os quadros padecem, ele viaja em classe executiva pela Europa, esbanjando recursos cuja origem levanta sérias interrogações.

Visitem o município de Chinjenge, que ele afirma ser sua terra natal, e procurem lá por um só projecto de impacto comunitário. Nada encontrarão. A sua verdadeira lealdade está noutro lado, na cidade do Porto, em Portugal. Na recente entrevista concedida ao programa “100 Makas” de Carlos Rosado de Carvalho, voltou a enganar os angolanos. Mas a nossa memória é viva. A nossa consciência é firme. E o nosso compromisso é com a verdade. Está a espalhar mais uma mentira, agora dizendo que Donald Trump apoiará a campanha da UNITA em 2027, alegando que os americanos estariam descontentes com JLo por este ter participado na cimeira da Comunidade Económica dos BRICS. Pura invenção! Os contextos actuais são totalmente diferentes dos tempos da Guerra Fria. Além disso, a própria lei proíbe expressamente que partidos políticos recebam financiamento externo. Por isso, lançamos este alerta patriótico:

“ACJ JÁ MENTIU À UNITA, NÃO PODEMOS PERMITIR QUE MINTA AO PAÍS!”

Angola é uma Nação sagrada. Que haja patriotismo, honestidade, memória e disciplina.

 

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