O Governo Provincial de Icolo e Bengo enfrenta graves acusaçÔes de prĂĄticas ilĂcitas, incluindo a cobrança indevida de emolumentos e o uso fraudulento de documentação associada a uma empresa pĂșblica extinta, a EGTI – Empresa Gestora de Terrenos Infraestruturados.
Segundo denĂșncias de cidadĂŁos, confirmadas por fontes locais, a
Secretåria-Geral do Governo tem exigido pagamentos ilegais para a tramitação de
documentos administrativos, prĂĄtica que viola os princĂpios de legalidade e
gratuitidade dos serviços pĂșblicos essenciais e pode configurar crime de
extorsĂŁo.
Uso Indevido de Documentação da EGTI
Outro ponto alarmante Ă© a alegada utilização de um nĂșmero de RUPE (Registo
Ănico de Produtor e Empreiteiro) pertencente Ă EGTI, uma empresa estatal
oficialmente extinta pelo Decreto Presidencial n.Âș 22/24, de 8 de janeiro de
2024.
A dissolução da EGTI integrou-se no processo de reforma do Estado, devolvendo a gestĂŁo de terrenos urbanizados aos ĂłrgĂŁos da administração local. Contudo, apesar de a empresa nĂŁo possuir existĂȘncia jurĂdica, o RUPE da EGTI continua a ser utilizado para legitimar transaçÔes, concessĂ”es e movimentaçÔes de terrenos, levantando suspeitas de falsificação documental e gestĂŁo danosa.
Juristas consultados alertam que a utilização indevida do RUPE da EGTI,
combinada com a cobrança ilegal de emolumentos, constitui crimes
administrativos consumados.
Especialistas apelam a uma investigação urgente por parte da Inspeção-Geral
da Administração do Estado (IGAE) e da Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR), a
fim de esclarecer as denĂșncias e garantir que os responsĂĄveis sejam punidos.
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