Angola apelou, segunda-feira, ao levantamento das sanções contra o Zimbabwe e ao fim do embargo económico, comercial e financeiro injustificado a Cuba, segundo uma nota tornada pública.
Este posicionamento foi expresso pelo representante permanente de Angola
junto das Nações Unidas, Francisco José da Cruz, durante a reunião plenária da
Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), que debateu “A eliminação de medidas
coercitivas unilaterais como meio de compulsão política e económica.”
Um exemplo flagrante destas medidas irracionais e injustas, disse o
diplomata, acontece com o caso do Zimbabwe, que durante mais de duas décadas
sofreu sanções impostas fora do âmbito do Conselho de Segurança da ONU, com
impactos de longo alcance sobre a sua população e os países vizinhos.
Recordou que, no relatório de 2021 sobre o Zimbabwe, a Relatora Especial da
ONU, Alena Douhan, afirmou que “as sanções, incluindo sanções secundárias, e
diferentes formas de excesso de cumprimento por parte de bancos e empresas
estrangeiras tiveram um impacto significativo na população e no Governo,
exacerbando os desafios económicos e humanitários pré-existentes”.
Francisco José da Cruz reiterou, também, que Angola tem, consistemente,
defendido o levantamento incondicional do embargo económico, comercial e
financeiro imposto a Cuba, sublinhando que as Medidas Coercitivas Unilaterais
estão a enfraquecer directamente a capacidade dos países-alvo de implementar as
agendas.
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