O Governo angolano considerou, recentemente, que a paz conquistada há 23 anos tem de ser consolidada todos os dias e que os cidadãos precisam de caminhar juntos na construção da estabilidade e no fortalecimento e respeito pela cidadania.
A vice-Presidente angolana, Esperança da Costa, defendeu que a paz e
reconciliação representam o significado das etapas históricas que uniram
milhares de angolanos imbuídos de sentido patriótico.
"Mas, precisamos de caminhar juntos na construção da estabilidade e do compromisso de contribuição positiva para com a paz, engrandecermos o país, fortalecendo o respeito pela cidadania e pelo orgulho dos feitos dos nossos heróis", afirmou a governante.
Num discurso nas celebrações do 23.º aniversário do Dia da Paz e Reconciliação Nacional, que decorreu hoje na nova província angolana do Moxico Leste, Esperança da Costa disse que a paz conquistada em duas décadas tem de ser consolidada todos os dias.
A consolidação da paz deve acontecer nos lares, nas aldeias, nas comunas, "mas também em cada ação política, económica, social, para que a nossa pátria seja para todos os angolanos um recanto de justiça social, harmonia e desenvolvimento onde cada angolano possa sonhar, realizar seus objetivos e ser feliz", referiu.
"A Angola que todos almejamos depende de cada um de nós", disse a governante, observando que o 04 de Abril é um tributo aos que, com coragem e determinação, sacrificaram as suas vidas, famílias e sonhos por uma Angola soberana e em paz.
Os ganhos da paz
De acordo com Esperança da Costa, os ganhos da paz em Angola são evidentes
e refletem-se nos mais variados domínios, nomeadamente no desenvolvimento do
capital humano, ensino, formação técnico profissional, saúde, estradas e
infraestruturas.
De modo a aumentar as taxas de escolaridade a todos os níveis e em todo o
território nacional, o executivo angolano "continua a realizar
investimentos em infraestruturas escolares para o alargamento da rede escolar,
para que mais angolanos tenham acesso ao sistema de educação e ensino",
disse.
A vice-Presidente de Angola enalteceu igualmente os "ganhos" no domínio da saúde, constituído atualmente por 3.346 unidades, entre hospitais de referência, postos médicos, "o que se traduziu no aumento de 4.899 camas hospitalares no Serviço Nacional de Saúde", frisou.
Assinalou também que fruto de "elevados investimentos" efetuados nos
serviços de proximidade e acesso aos cuidados primários de saúde, o país
registou a "redução da mortalidade maternoinfantil e a transformação do
Serviço Nacional de Saúde".
Para garantir a segurança alimentar, Esperança da Costa deu conta que foi
aprovada a Estratégia Nacional de Segurança Alimentar que "prioriza"
a transformação dos sistemas produtivos atuais, aumentando de forma sustentável
e diversificada a oferta de produtos agrícolas pecuários, florestais e
pesqueiros.
O país vai contar com três laboratórios agroalimentares nas províncias do
Zaire, Namibe e Moxico, visando o alcance da cobertura universal, o
desenvolvimento da rede sanitária, notou.
"A paz e a estabilidade criam condições adequadas para o
desenvolvimento, o bem-estar e harmonia entre os angolanos, pelo que destacamos
o papel crucial da mulher na promoção e manutenção da paz em todos os
tempos", afirmou.
Para uma Angola mais próspera "continuaremos a aposta na mulher, vamos
dar-lhe maior acesso a terra, ao crédito aos mercados e continuar a combater
todas as formas de discriminação, concluiu Esperança da Costa.
As celebrações do 04 de Abril de 2025, feriado nacional em Angola, decorrem
sob o lema "Angola 50 Anos: Preservar e Valorizar as Conquistas Alcançadas
Construindo um Futuro Melhor.
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