Santos Vilola é jornalista. Está ao serviço do Jornal de Angola. Há dias fez um apontamento na sua página das Redes Sociais na qual alude à recente investidura no cargo de Presidente da República moçambicana de um jovem nascido a seis de Janeiro de 1977: Daniel Chapo! Moçambique tem um chefe de Estado nascido depois da independência. Facto! Na passada da sua menção, o jornalista Santos Vilola premiu o gatilho da pistola da curiosidade-cidadã e disparou: “E por cá (Angola)? Adão de Almeida é para avançar, em 2027, ou vamos continuar com a "velha guarda comunista".
A questão é pertinente. Dá que pensar! Obriga a coçar a cabeça. A torcer o
nariz e a fazer beicinhos. A pergunta do jornalista Santos Vilola leva a uma
conclusão: O MPLA está perante um caso cabeludo e o País diante de uma “sinuca
de bico”. Eu explico: Primeiro, o partido no poder está claramente a atravessar
uma crise de liderança. Segundo, a esperança dos cidadãos há muito anda
grisalhada de tão idosa. O País demanda uma ruptura e inovação sistémica. Um
modus faciend e operandi novo. Diferente!
O que se vislumbra no horizonte político é o mais do mesmo. Assim é a nova vaga de políticos angolanos. A “velha guarda” já deu o que tinha de dar. É verdade. Cumpriu o seu papel. É certo. Mostrou o que (não) vale. De facto! Há opiniões públicas feitas por intelectuais com autoridade moral e política que defendem sem pestanejar que Adão de Almeida não serve! Até a julgar pela sua prestação como figura que assessora juridicamente o chefe de Estado.
Atenção: O que se propaga sobre o desempenho de Adão de Almeida pode não
passar de uma caçoada gratuita com o escopo de eliminar um putativo candidato à
Presidência da República em 2027. Pode não passar do gostinho pelo maldizer da
prosa popular. Uma pontinha de inveja social. Todavia, a verdade é uma: A
geração que se perfila está política e moralmente impreparada para dirigir os
destinos do País. Espero estar redondamente enganado. Tenho para mim que vai
fazer pior que a “velha guarda comunista” de tão petulante que é. Estou a ser
fatalista? Talvez! Deixemos que o tempo ajuize o meu juízo. Aguardemos pelo
futuro. Está aí, ao dobrar da esquina.
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