Após 14 anos de
fundação e reviravoltas jurídicas, o Movimento de União Nacional (MUN) voltou a
solicitar, no dia 18 de dezembro de 2024, o credenciamento da sua Comissão Instaladora
ao Tribunal Constitucional de Angola. A solicitação foi dirigida à Veneranda
Juíza Conselheira Presidente do Tribunal Constitucional, com o objetivo de dar
continuidade ao processo de legalização do partido político.
Por: redacção
Karl Manuel Sarney Mponda, fundador do MUN e atualmente
residente nos Estados Unidos, manifestou confiança no sucesso desta nova
solicitação. Ele acredita que, com a legalização, o MUN terá condições de
participar nas próximas eleições gerais de 2027.
“O MUN tem a missão de resolver os problemas históricos que
afligem o povo angolano desde 1975. A nossa principal missão é construir e
preservar uma sociedade democrática, humanista e de unidade nacional, focada no
trabalho, paz, liberdade, desenvolvimento e justiça social”, afirmou Mponda.
Ele explicou que o MUN
é um partido que visa promover a estabilidade, harmonia e o respeito às
tradições culturais dos angolanos. A sua fundação, ocorrida em 2010, reflete o
desejo de contribuir para a construção de uma Angola mais justa e próspera.
Histórico do Processo de Legalização Apesar de já ter passado por diversas
reviravoltas jurídicas, o MUN mantém a esperança de que seu processo de
legalização será finalmente concluído. Desde a sua criação, o partido tem
acompanhado de perto o processo de legalização de outros partidos, como o MPLA,
UNITA, FNLA, PRS, entre outros.
No entanto, até o momento, o MUN ainda aguarda a conclusão de
seu processo formal de reconhecimento. "Nosso projeto é uma organização
política em defesa da soberania nacional e dos direitos do povo angolano, em
conformidade com a Constituição do país", afirmou Karl Manuel Sarney
Mponda. Documentação Submetida ao Tribunal Constitucional Para dar seguimento
ao pedido de legalização, o MUN submeteu ao Tribunal Constitucional a seguinte
documentação, conforme estipulado pela Lei dos Partidos Políticos (Art. 12, nº
2): Projeto do programa do MUN Projeto dos Estatutos do MUN Lista nominal dos
membros da Comissão Instaladora com indicação do Coordenador Certificado de Registo
Criminal dos membros da Comissão Instaladora Cópias do Bilhete de Identidade
dos membros da Comissão Instaladora Endereço completo do partido para
notificações Documentos comprovativos de património avaliado em 500.000,00
kwanzas e recursos financeiros para iniciar atividades Bandeira e sigla Hino e
contatos telefônicos e eletrônicos Próximos Passos e Expectativas para o Futuro
Após a entrada da solicitação, o MUN aguarda agora o posicionamento do Tribunal
Constitucional. Karl Manuel Sarney Mponda destacou que o partido está preparado
para cumprir todos os requisitos legais exigidos. “Após a aprovação do
credenciamento, vamos iniciar os preparativos para abrir a sede da Comissão
Instaladora, convidar os membros e orientar a coleta de assinaturas. Estamos confiantes
de que, com a legalização, poderemos disputar as próximas eleições gerais em
2027”, adiantou Mponda. O Grande Sonho: Repensar Angola Questionado sobre as
eleições gerais, o fundador do MUN afirmou que o desejo do partido é participar
ativamente do processo eleitoral.
“O grande sonho dos munistas é repensar Angola e devolver à
pátria sua grandeza. Acreditamos que isso só será possível com o MUN no poder”,
disse Mponda. Ideologia e Base de Apoio O MUN se define como um partido
nacionalista e conservador de direita. Fundado em 4 de julho de 2010, o
movimento busca promover uma nova visão para Angola, reconhecendo e valorizando
as diversas culturas que compõem o estado angolano.
Seus membros e simpatizantes enfatizam a importância de uma
nova elite patriótica e de uma política que coloque os interesses da pátria em
primeiro lugar. Apesar das dificuldades enfrentadas, o MUN continua sua luta
pela legalização. O partido já conta com mais de 8.000 assinaturas em todo o
país, superando o requisito do Tribunal Constitucional. “Continuamos a nossa
caminhada em busca da legalização, porque acreditamos que a união nacional será
a chave para resolver os problemas de Angola. O MUN defende uma política
inclusiva, que reúna todos os angolanos em torno de um objetivo comum”, afirmam
os membros e simpatizantes do MUN.
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