O incumprimento de pensão alimentÃcia por parte dos pais está entre as maiores preocupações apresentadas pelas mulheres no Gabinete de Acção Social e Antigos Combatentes de Cacuaco, provÃncia de Luanda, disse, ontem, a directora da instituição.
Elizabeth dos Santos adiantou que durante o ano de 2024
tiveram o registo de um total 518 casos de violência doméstica. Deste número,
informou, 300 casos foram de violência doméstica, todos resolvidos.
A agressão fÃsica, acrescentou, consta como uma das mais praticadas, apesar de ser em números reduzidos. Os homens, avançou, de forma tÃmida também já começam a ganhar a cultura de apresentar queixas de violência psicológica e verbal da parte das parceiras.
“Actualmente, muitas esposas não respeitam os maridos e
proferem palavras chocantes em circunstâncias de tensão entre o casal. Muitas
chegam a comparar os companheiros com outros homens, usam termos pejorativos,
actos que culminam, muitas vezes, em agressão fÃsica”, lamentou.
No perÃodo em balanço, Elizabeth dos Santos avançou que os
homens apresentaram 225 queixas. Em muitas das acareações, salientou, a
situação de ocultação da mesada por parte das mães é também bastante referida
pelos pais, muitos descontentes com a forma como os filhos se apresentam
publicamente.
Em relação ao registo de menores, um direito de cidadania, a
que os pais devem prover, Elisabeth dos Santos referiu que têm realizado acções
de sensibilização para inverter o quadro. “Já nos deparamos com situações em
que o pai, depois de constituir outra famÃlia, deixa de registar os filhos do
anterior relacionamento”.
Sensibilização
Para minimizar situações adversas nas comunidades, Elizabeth
dos Santos explicou que existe no gabinete uma área especÃfica que aborda as
consequências da fuga à paternidade e da violência doméstica.
As acções, continuou, têm sido feitas nos mercados, igrejas e escolas, por serem lugares de maior concentração de pessoas. “Temos realizado também acções de capacitação dos técnicos sobre como melhor actuar nas comunidades e de incentivo a cultura de denúncia”.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, descontrole
emocional, a baixa instrução e a falta de diálogo, disse, são apontados como as
principais razões da violência nos lares. Em Cacuaco, o municÃpio do Mulenvo de
Baixo e a comuna do Kicolo são os que mais dão entrada de casos de violência
doméstica.
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