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Trabalhadores da Endiama Mining acusam PCA de trabalhar longe da responsabilidade social e protecção do ambiente

O presidente do Conselho de Administração da Endiama Mining, Pedro Galiano, está a ser apontado pelos trabalhadores de supostamente trabalhar longe da responsabilidade social e protecção do meio ambiente, apesar de avultadas somas investidas no sector.

Segundo denúncia avançada por dezenas de trabalhadores, muitas das acções de prospecção geológica levadas pela Endiama Mining, nos últimos cinco anos, avaliadas em mais de 40 milhões de dólares norte-americanos, conforme revelou o PCA, não são igualmente verificáveis, segundo a constatação do colectivo de trabalhadores da empresa.

Em entrevista recente à imprensa pública, Pedro Galiano terá anunciado um conjunto de acções que o sector que dirige tem levar a cabo. Reagindo aos pronunciamentos do gestor da Endiama Moning, os funcionários trouxeram dados que revelam o contrário.

Segundo os trabalhadores, os argumentos do PCA sobre investimento de mais de 40 milhões de dólares na prospecção do Projecto Uari e Luembe “são completamente falsas e absurdas”.

“Ele enganou o Presidente da República e a sociedade em geral”, acusaram, salientando que nos países onde o sistema de justiça funciona plenamente, Galiano já seria exonerado e a contas com a justiça, juntamente com seu “defensor e protector intocável - o administrador Laureano Receado”, disse um dos funcionários.

Nos detalhes apresentados a este portal, sustentaram que a Endiama Mining, no projeto Uari, não descobriu novas reservas para aumentar a vida útil da mina, além de que a empresa não tem solução para com a mina, "só se rouba e se faz altos desvios".

“O Projecto Uari tem 2 a 3 blocos antigos, delimitados e descobertos pela empresa sul-africana Transex. Estas são as únicas áreas até agora onde o Uari está a explorar sem necessidade de se fazer mais prospecção”, informaram.

Sugerem que Pedro Galiano, Laureano Receado e o ministro de tutela deviam apresentar detalhadamente ao Presidente da República as evidências do custo da aludida prospecção realizada nas minas do Uari e Luembe, tidas como as novas áreas que descobriu.

“Na entrevista que ele concedeu à Televisão Pública de Angola, foi muito infeliz, porque não conseguiu explicar detalhadamente sobre as reservas e as datas de prospecção, quando começou e quando terminou e quais foram os resultados alcançados”, sublinharam.

Disseram não ter dúvidas de que Galiano é ponta de lança do administrador Laureano Receado e este, por sua vez, amigo do ministro Diamantino, formando assim um grupo intocável.

Acrescentaram que a Endiama Mining é o famoso canal onde se consegue roubar com facilidade.

“O projecto Uari, neste momento, tem problemas de pagamento de salários aos trabalhadores, sem explicações plausíveis”, revelam.

Também não concordam com a existência de um programa social sério e sustentável que tenha beneficiado a população local.

“Desde a deslocação da Endiama Mining à Lunda Norte, até ao momento, não fez algo de maior importância e impactante que tenha melhorado a vida da população”, asseveram.

A Uari sociedade mineiro é uma empresa com participação pública porque tem como sócia a Endiama com 51% e a Kassypal empresa privada com 49%

“Uma Organização criminosa da Endiama para ganharem dinheiro decidiu celebrar um contrato de gestão entre a Uari e a Endiama Mining. A Endiama Mining é empresa privada com capital 100% público que tem como sócia maioritária a Endiama EP, com 99%, ou seja, a Endiama Mining como a Uari mesmo sendo empresas privadas por terem o capital público no seu funcionamento, têm Obrigações igual a empresas públicas”, denunciam.

De acordo com eles, “os funcionários da Uari são funcionários públicos que recebem salários na Endiama até hoje, e recebem também na Uari, o que consiste num crime, porque estão a prejudicar o estado três vezes”, acrescentando que “recebem pela Endiama, recebem pela Endiama Mining e recebem pela Uari”, denunciaram.

Fontes que acompanham o processo sublinha que, estes trabalhadores recebem assim porque, além de não haver controlo das suas colocações nestas empresas, são ilegais, e o Estado não tem conhecimento que os seus funcionários recebem, mas não trabalham, por essa razão, avançam que “há gestores da UARi que estão a responder num Processo crime por corrupção, branqueamento de capitais e peculato”.

“Os contratos que a gestão da Uari foi celebrando ao longo dos últimos cinco anos, nenhum foi visado pelo Tribunal de Contas, isto é ilegal”.

O gestor da Endiama Mining está a ser acusado por outro lado de apresentar um relatório “sem transparência” do sector mineiro com alegada cumplicidade de altas figuras do ramo dos diamantes.

O Club-K tudo fez para ouvir o Conselho de Administração da Endiama Mining, mas nada resultou.

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