A reunião realizada na semana passada entre João Manuel Gonçalves Lourenço e membros do conselho de honra do MPLA foi descrita como ocorrendo num ambiente franco e fraternal. Durante o encontro, o lÃder do partido aproveitou para tranquilizar os veteranos sobre sua agenda de alteração dos estatutos, que será discutida no VIII congresso extraordinário do partido, agendado para os dias 6 e 7 de dezembro.
João Lourenço enfatizou que o que ocorrerá no congresso não será uma “alteração”, mas sim um “acerto”, sem, no entanto, esclarecer a diferença entre os dois termos. Essa explicação foi motivada pelas intervenções de três dirigentes históricos: Roberto de Almeida, Paulo Julião “Dino Matross” e Luzia Ingles “Inga”.
No seu discurso de abertura, o lÃder do MPLA evitou o termo “alteração” e lamentou as especulações em torno do congresso de dezembro. “Muito se fala e se especula sobre os propósitos e fins da realização deste congresso extraordinário, como se os nossos estatutos não admitissem essa possibilidade. Na verdade, não é o primeiro na história do nosso partido, mas sim o VIII extraordinário”, afirmou o lÃder do partido que apoia o governo.A reunião gerou expectativa na sociedade partidária,
especialmente após a circulação de um texto especulativo que insinuava que
Lourenço teria sido pressionado por Eugénia Neto. Contudo, apurações indicam
que a viúva de Agostinho Neto não levantou questões durante a reunião.
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