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A Urgente necessidade de Segurança e Comunicação no Caminho-de-Ferro de Luanda

 A recente inauguração do comboio expresso que conecta a Estação do Bungo ao novo Aeroporto Internacional António Agostinho Neto, em Icolo e Bengo, simboliza um marco importante para a mobilidade em Luanda.

 Por: redacção

Com partidas programadas para o início da madrugada, a nova linha é uma resposta à crescente demanda por opções de transporte mais eficientes para passageiros e trabalhadores que frequentam o novo aeroporto.

No entanto, o episódio preocupante desta sexta-feira, 08 de novembro, com a divulgação de um vídeo onde os comboios quase colidiram devido à falta ou à má comunicação, alerta-nos para questões que vão além das celebrações de um novo projecto.

Em qualquer sistema de transporte público, especialmente em redes ferroviárias, segurança e comunicação eficaz são pilares fundamentais. A proximidade de um incidente desse porte que poderia ter causado uma tragédia revela falhas que não podem ser ignoradas.

A ausência de um comunicado imediato da empresa responsável, o Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), não apenas deixa passageiros e trabalhadores inseguros, como também põe em xeque a transparência e a seriedade com que a companhia trata de um serviço essencial para a capital angolana.



Para que um projecto dessa envergadura se sustente e cumpra seu propósito, é preciso mais do que inaugurações e horários planeados.

Uma operação segura demanda investimentos consistentes em infraestrutura de sinalização, monitoramento e comunicação entre locomotivas e centrais de controlo. E é necessário, sobretudo, que o CFL assuma responsabilidade e tome medidas correctivas prontamente, evitando que situações semelhantes venham a ocorrer. A confiança da população e a eficácia do serviço estão em jogo.

A expansão do sistema ferroviário de Luanda é, sim, motivo de orgulho e representa um avanço. Mas é essencial que o entusiasmo com a modernização caminhe junto com o compromisso com a segurança e com a transparência. Sem isso, as conquistas acabam obscurecidas pela preocupação e desconfiança de quem, ao invés de se sentir servido, sente-se colocado em risco.

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